A Adidas doará US$ 150 milhões das vendas da linha de calçados Yeezy de Kanye West para grupos que combatem o ódio antissemita, anunciou a empresa na quarta-feira (13). A medida ocorre após a Adidas e outras marcas romperem os laços com o rapper após uma série de comentários ofensivos em 2022.
A Adidas registrou um lucro de aproximadamente US$ 330 milhões com o estoque de Yeezy em 2023, depois que a marca encerrou seu contrato de aproximadamente US$ 1,5 bilhão com West, conforme relatado pela Associated Press, e espera fazer mais US$ 270 milhões vendendo o estoque restante este ano.
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As doações até agora foram destinadas à Liga Anti-Difamação e ao IPhilonise & Keeta Floyd Institute for Social Change.
O anúncio ocorre no momento em que a Adidas, com sede na Alemanha, registrou sua primeira perda anual em mais de três décadas e alertou os investidores que as vendas na América do Norte provavelmente continuarão caindo em 2024, com um recuo estimado de 5% na região ao longo do ano.
A Adidas relatou um lucro operacional de US$ 293 milhões em 2023, uma queda de 60% em relação aos cerca de US$ 731 milhões relatados no ano anterior, mas ainda acima do esperado. O CEO Bjørn Gulden disse que 2023 “terminou melhor do que eu esperava no início do ano”, em grande parte graças à venda do Yeezy.
O estoque da Yeezy da Adidas foi avaliado em US$ 1,3 bilhão quando encerrou sua parceria com West.
Contexto
Kanye West, que agora atende pelo nome Ye, fez comentários antissemitas em entrevistas e postagens nas redes sociais em outubro de 2022. Logo depois, marcas como Balenciaga, Adidas, Gap e Foot Locker encerraram seus acordos com o músico, sua figura de cera foi removida do Madame Tussauds e vários atletas cortaram seus laços com a Donda Sports de West.