As forças de segurança, em uma operação coordenada pela Guarda Civil da Espanha, apreenderam um veleiro procedente do Brasil com quase 900 quilos de cocaína em águas próximas ao sul do Senegal, no noroeste da África, quando supostamente navegava rumo à Europa, e seus três tripulantes foram detidos.
A operação denominada ‘Expósito’ foi realizada dentro do projeto internacional GDIN (Global Drug Intelligence Network), liderado pelo instituto armado espanhol, no qual participam nove países – Brasil, Espanha, Portugal, Colômbia, Equador, Costa Rica, República Dominicana, Panamá e Emirados Árabes Unidos -, e que tem como objetivo lutar contra o tráfico de drogas, especialmente de cocaína.
Segundo informaram à Agência EFE fontes próximas da investigação, a Marinha francesa abordou o veleiro Princesa María Eleva na tarde da última segunda-feira, quando este navegava a 500 milhas náuticas da costa sul do Senegal, supostamente com destino a território europeu.
Lá apreenderam 891 quilos de cocaína e prenderam seus três tripulantes: dois brasileiros e um marroquino. Os investigadores não descartam a realização de novas prisões nos próximos dias.
Foi justamente do Brasil de onde partiu a embarcação e cuja Polícia Federal alertou os investigadores do GDIN, uma vez que um agente da PF especializado no tráfico de drogas e designado para o projeto soube que o veleiro pretendia cruzar o Oceano Atlântico carregado de entorpecentes.
Assim que o veleiro se aproximou do sul da costa senegalesa, por ainda estar muito longe das Ilhas Canárias espanholas, a Guarda Civil solicitou o apoio da Marinha francesa para concluir a operação, na qual também colaborou com a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês).
As mesmas fontes indicam que, embora não saibam se foi esse o caso deste navio, uma vez que foi interceptado a tempo, é cada vez mais comum que parte dos carregamentos de droga que viajam por mar do outro lado do Atlântico façam uma primeira parada no Senegal.
Seus portos funcionam como base logística, onde descarregam parte das mercadorias para não perdê-las caso sejam localizadas e detidas a caminho da Europa.