O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da França, Emmanuel Macron, participaram na quarta-feira (27) do lançamento ao mar do submarino Tonelero, resultado de uma parceria entre o Brasil e a França. Ele vai se juntar aos quatro outros já em operação – Tupi, Tikuna, Riachuelo e Humaitá.
Os submarinos são importantes para um país onde cerca 95% do comércio exterior ocorre por via marítima. Além disso, em torno de 95% do petróleo é extraído da zona costeira.
Ambos são do modelo IKL-209. Pesam 1.400 toneladas e conseguem atingir uma profundidade de mergulho de 250 metros. Alcançam uma velocidade máxima de 11 nós na superfície e 21.5 nós na imersão – um nó equivale a 1,852 km por hora. A diferença entre os dois está na construção. Enquanto o Tikuna foi construído no Brasil, o Tupi foi produzido na Alemanha e incorporado à Marinha do Brasil em 1988.
Esse modelo foi o primeiro a ser entregue para o setor de operação da Marinha, em setembro de 2022, por meio do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O submarino pesa 1.870 toneladas, tem 72 metros de comprimento, com seis metros de diâmetro e pode ser armado com torpedos, mísseis e minas. A tripulação pode ser de até 41 militares. O Riachuelo tem autonomia de mais de 70 dias, e pode chegar a 250 metros de profundidade.
O Humaitá é o segundo dos quatro submarinos previstos pelo Prosub. Ele foi entregue em janeiro de 2024 e tem 71 metros de comprimento, podendo chegar a 300 m de profundidade e ficar submerso por cinco dias. A embarcação pode atingir uma velocidade de até 37 km/h, com até 35 pessoas embarcadas.
Na quarta-feira (27), o novo submarino foi batizado e lançado ao mar o terceiro submarino do Prosub: Tonelero. A embarcação tem 71 metros de comprimento, 6,2 metros de diâmetro e tem 1.870 toneladas. Além disso, ele pode atingir uma profundidade superior a 250 metros, com 35 pessoas a bordo.
Segundo a Marinha, após ser colocado na água, a embarcação passará por uma série de testes de mar para avaliar o desempenho de plataforma e do sistema de combate. “Na sequência, será incorporado à Armada e definitivamente à Força de Submarinos, reforçando a capacidade da Marinha do Brasil de se contrapor a ameaças que se configurem em áreas marítimas de interesse estratégico”, destaca. O Prosub é resultado de uma parceria iniciada em 2008 entre Brasil e França, contando com um orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.
Assim que for incorporado, o Brasil passará a ter cinco submarinos e quando o Angostura entrar na frota (lançamento previsto para 2025), o país contará com seis.
Além disso, a Marinha pretende lançar em 2033 o primeiro submarino Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN), que será chamado de “Álvaro Alberto” (em homenagem ao ex-vice-almirante da Marinha e cientista brasileiro). De acordo com o projeto, o submarino vai ter autonomia por até três meses ininterruptos. Ele poderá chegar a 350 metros e alcançar 26 nós de velocidade.