Vamos levar a demanda dos governadores do Nordeste a Lula, diz Haddad | Brasil

O Diretório
por O Diretório
3 Leitura mínima

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta vai analisar internamente a demanda dos governadores do Nordeste sobre a dívida de seus Estados. Ele afirmou vai levar o tema para conhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não participou de reunião na tarde dessa quarta-feira (3), no Palácio do Planalto.

Haddad ressaltou que a dívida dos Estados do Nordeste é “muito pequena”. Ele não citou valores. Comentou, apenas, que há uma “compreensão” por parte dos governadores de que não adianta “descobrir um lado”, em referência à União, para cobrir outro, em referência aos entes federados.

As declarações foram dadas pelo ministro no início da noite, quando ele retornou ao prédio da Fazenda, após uma série de agendas no Planalto. “Eles (governadores do Nordeste) apresentaram um pleito natural, alguns até antigos, que foram recolocados à luz dessa abertura do presidente Lula de discutir o pacto federativo“, relatou Haddad.

“Eu coloquei os constrangimentos por parte da União, o esforço que nós estamos fazendo aqui pelas contas nacionais. Já há uma compreensão muito grande por parte dos governadores de que não adianta você descobrir um para cobrir o outro. Criar um problema para a União ou criar um problema para os Estados é tudo que nós não precisamos”, completou.

Ele acrescentou que parte dos Estados tem uma dívida com bancos públicos, e que as instituições financeiras precisarão ser consultadas. “Há um pedido de alongamento em alguns casos, mas tem que conversar com os bancos, que têm governança interna.”

Desoneração da folha de pagamento dos municípios

Ainda segundo o ministro da Fazenda, o debate sobre a desoneração da folha de pagamento dos municípios voltará à mesa na semana que vem. “Essa semana está um pouco morna ainda, mas, na semana que vem, voltamos à mesa”, disse Haddad, ao ser questionado por jornalistas se havia alguma novidade sobre o tema.

Na terça-feira (2), ele demonstrou insatisfação com a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de deixar caducar o trecho de medida provisória do governo que previa a reoneração da folha de pagamento das prefeituras, o que pode ter impacto de R$ 10 bilhões para a União. Haddad chegou a pedir um “pacto” entre os Três Poderes em prol da arrumação das contas públicas.

Fonte: Externa

Compartilhe esse artigo