O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembolsou uma fiança de US$ 83,3 milhões (R$ 413,5 milhões, na cotação atual) para o tribunal federal de Nova York nesta sexta-feira (8), destinado ao caso de difamação movido pela jornalista E. Jean Carroll, que o acusou de estupro em um provador de uma loja de luxo em Nova York nos anos 1990.
Em 26 de janeiro, Trump foi condenado por um júri de Nova York a compensar a jornalista e autora E. Jean Carroll, que processou Trump por difamação devido às suas declarações difamatórias. Ele tentou obter imunidade no processo, argumentando que era presidente na época das declarações, mas seu pedido foi negado.
A advogada de Trump, Alina Habba, declarou que seu cliente fez o pagamento de uma fiança no valor total de US$ 91,6 milhões, incluindo juros. Essa quantia é destinada a compensar danos, reparar a reputação afetada e oferecer compensação financeira.
Trump foi solicitado a pagar a indenização enquanto recorre ou fornecer uma fiança que pode ser executada se a apelação não for bem-sucedida. No entanto, Carroll não terá acesso ao dinheiro enquanto aguarda uma decisão do tribunal superior.
O ex-presidente republicano enfrentou outro processo de difamação no ano passado, também relacionado a uma denúncia de abuso sexual feita por Carroll. Durante o processo, Trump utilizou sua plataforma Truth Social para fazer comentários insultuosos contra Carroll, o processo e o juiz.
Trump também está envolvido em um processo civil por fraude corporativa, que pode resultar em uma multa significativa de US$ 355 milhões, mais juros. Seus advogados tentaram pagar uma quantia parcial de US$ 100 milhões como fiança durante o processo de apelação, mas esse pedido foi rejeitado.