Trump não pode ser reverenciado o tempo todo, diz Ciro Nogueira após fala sobre Brasil | Política

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Uma das principais vozes da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou, nesta quarta-feira (22), a fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país que voltou a comandar na última segunda-feira (20) não precisa do Brasil, mas o contrário.

“Não pode ser o tempo todo reverenciado. O Brasil é bem maior do que a reles resposta que ele deu a jornalista Raquel Krähenbühl. Quanto mais servis parecermos, menos respeitados seremos. Tratá-lo de igual para igual, respeitosamente, não como um país sem eira nem beira”, publicou Nogueira em sua conta no X.

O parlamentar, que foi ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL), fez referência à resposta de Trump à pergunta da repórter da TV Globo sobre como será a relação do presidente dos EUA com o Brasil.

“A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, respondeu Trump.

Na terça-feira (21), a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, número dois da pasta, rebateu as declarações de Trump.

“O presidente Trump pode falar o que ele quiser. Ele é o presidente eleito dos EUA e nós vamos analisar cada passo das decisões que forem sendo tomadas pelo novo governo”, disse a diplomata. “Mas acredito que, como somos um povo que tem fé na vida, que tudo vai dar certo sempre. Nós vamos trabalhar e apoiar e procurar trabalhar não as nossas divergências, mas as nossas convergências, que são muitas”, acrescentou.

Na segunda-feira, data da posse de Trump, Lula desejou sorte ao presidente americano e disse que o Brasil não quer briga com os Estados Unidos e nenhum outro país.

“Tem gente que fala de que a eleição do Trump pode causar problemas para democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua. Para que o povo americano melhore e que os americanos possam continuar sendo um parceiro histórico”, disse.

“Da nossa parte nós não queremos briga com ninguém. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a China e nem com a Rússia. Nós queremos paz”, acrescentou o presidente.

Fonte: Externa

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