Treinar IA com vídeos do YouTube viola termos de uso, diz CEO

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por O Diretório
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O CEO do YouTube, Neal Mohan, disse que usar os vídeos publicados na plataforma para treinar modelos de inteligência artificial (IA) seria uma “clara violação” dos termos de uso. A fala de Mohan, em entrevista à Bloomberg, pode ser interpretada como um aviso à OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, DALL-E e Sora.

Para quem tem pressa:

A CTO da OpenAI, Mira Murati, disse que não tinha certeza se o treinamento do Sora, plataforma que gera vídeos a partir de comandos de texto, usa dados do YouTube ou de outras plataformas nas quais se posta vídeos, como Instagram e Facebook. A fala de Mira ocorreu durante entrevista ao Wall Street Journal.

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Sora e YouTube: o imbróglio no treinamento da IA

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(Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock)

Na conversa com Emily Chang, do Bloomberg Originals, o CEO do YouTube disse: “Do ponto de vista de um criador [de conteúdo], quando um criador faz o upload de seu trabalho árduo para nossa plataforma, ele tem certas expectativas. Uma dessas expectativas é que os termos de serviço serão cumpridos. Isso não permite coisas como o download de transcrições ou trechos de vídeo, e isso é uma clara violação dos nossos termos de serviço. Essas são as regras do jogo em termos de conteúdo em nossa plataforma.”

Até hoje, ninguém sabe ao certo como a OpenAI treina suas plataformas de IA, seja o ChatGPT, o DALL-E ou o Sora. Talvez Mohan tenha citado especificamente transcrições porque o WSJ publicou, na segunda-feira (1º), que a OpenAI planejava usar transcrições de vídeos do YouTube para treinar o GPT-5 – próxima geração do “cérebro” do ChatGPT.

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(Imagem: rafapress/Shutterstock)

Enquanto isso, o Gemini – IA do Google que é rival tanto do ChatGPT quanto do Copilot (IA da Microsoft, parceira da OpenAI, que usa GPT) – aparentemente segue tais “regras do jogo” citadas por Mohan. Pelo menos, no que diz respeito ao YouTube – que, aliás, é do Google. Segundo o CEO da plataforma, o treinamento do Gemini só usa vídeos conforme permissões concedidas em cada contrato de licenciamento assinado pelo criador do conteúdo em questão.

O caso é mais um desdobramento do imbróglio relacionado a treinamento de IA generativa – que “cria” algo – e conteúdo licenciado. Grandes veículos e plataformas (Getty Images e The New York Times, por exemplo) abriram processos judiciais contra desenvolvedoras deste tipo de plataforma. A OpenAI fica na mira com frequência. Mas mantém sua “fórmula secreta” guardada a sete chaves.



Fonte: Externa

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