Talvez tenhamos no mundo taxas de juros mais altas por mais tempo, diz presidente do BC | Finanças

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por O Diretório
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O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que depois da pandemia, com expansão fiscal e esforço monetário da maioria dos bancos centrais, “o que veio disso é um processo inflacionário que muitos achavam que era transitório e se provou que não era muito transitório” e que talvez o mundo entre em um período de taxas de juros mais altas por mais tempo. As declarações de Campos Neto foram dadas em entrevista para o IMF Today, programa transmitido online pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A entrevista foi gravada por volta de 11h30 e transmitida há pouco.

“Brasil fez várias reformas durante a pandemia: reforma da previdência, tivemos a reforma trabalhista antes, fizemos várias reformas para remover burocracia, agora estamos falando de reforma fiscal, teve uma reforma tributária, tem um novo arcabouço fiscal”.

O presidente do BC ressaltou que para se preparar para o cenário, é necessário continuar fazendo reformas “e fazer reformas que ampliam sua habilidade de melhorar as coisas no lado da oferta da economia”.

Questionado sobre “friendshoring” e “nearshoring”, Campos Neto disse que o esperado era que o Brasil estivesse em uma posição de vantagem porque o Brasil tem um potencial de produzir energia limpa, grande força de trabalho e mercado interno. No entanto, o presidente do BC disse que há muito fluxo para produzir alimentos de forma mais limpa, mas em projetos “greenfield” o processo ainda é lento e o esperado é que aumente.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Fonte: Externa

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