O ator e ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson morreu nesta quarta-feira (10) aos 76 anos em decorrência de um câncer. O atleta ficou conhecido por ser acusado de assassinar sua ex-mulher, Nicole Brown, um dos crimes mais comentados dos Estados Unidos.
O julgamento e os desdobramentos do caso foram retratados em “O Povo contra O. J. Simpson: American Crime Story”, lançada em 2016. A série tem no elenco Sterling K. Brown, Cuba Gooding Jr., David Schwimmer, Sarah Paulson e John Travolta e conquistou nove Emmys e dois Globos de Ouro.
Produzida por Ryan Murphy, consagrado em “Glee” e “American Horror Story”, a série baseada em fatos reais usa como ponto de partida o livro “The Run of His Life: The People v. O.J. Simpson”, de Jeffrey Toobin’s.
A história é contada através da perspectiva dos advogados que conduziram o caso, explorando os acordos feitos de maneira informal e as manobras políticas conduzidas por ambos os lados envolvidos.
Ao todo, “O Povo contra O. J. Simpson: American Crime Story” teve 22 indicações a prêmios. A produção ganhou Globo de Ouro de “Melhor minissérie ou filme para a TV” e “Melhor atriz”, para Sarah Paulson, e também nove prêmios no Emmy Awards.
Todas as temporadas estão disponíveis no streaming Star+.
Em 1994, Simpson respondeu a um processo por duplo homicídio no estado da Califórnia sob acusação de matar a facadas a ex-mulher, Nicole Brown, e seu amigo, Ronald Goldman.
Simpson se declarou inocente e montou uma equipe de advogados locais e nacionais famosos. Robert Kardashian, pai das famosas irmãs Kardashian, era amigo de O.J. e foi assistente no time de advogados de defesa, apelidado de Dream Team.
O atleta foi julgado e posteriormente absolvido das acusações criminais em um processo que envolveu questões sobre raça, celebridade e evidências forenses. Apesar de sua absolvição criminal, Simpson foi posteriormente considerado responsável pelas mortes em um processo civil movido pela família de Goldman, resultando em um grande acordo financeiro, chegando a US$ 33,5 milhões pelos danos.
Seu julgamento é descrito como o caso criminal de maior publicidade na história norte-americana, sendo acompanhado por mais de 20 milhões de espectadores. Com duração de 372 dias foram ouvidas 133 testemunhas