Receita do setor de máquinas cai 14% em fevereiro

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Rodolfo Buhrer/Reuters

A queda no setor de máquinas indica baixo dinamismo da atividade industrial

A indústria de máquinas e equipamentos teve queda de 14% na receita em fevereiro frente a um ano antes, para R$ 19,2 bilhões, mostraram dados divulgados nesta quarta-feira (27) pela associação do setor, Abimaq.

“Os números observados no primeiro bimestre do ano indicam que o baixo dinamismo da atividade industrial, continuam impactando negativamente os investimentos produtivos de alguns segmentos”, afirmou a entidade em apresentação.

No primeiro bimestre, o faturamento caiu 17,5% sobre um ano antes, para R$ 35,7 bilhões.

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Na comparação com janeiro, a receita líquida do setor subiu 16,7% em fevereiro.

Segundo o analista de economia e estatística da Abimaq, Leonardo Silva, o movimento de alta sequencial na receita em fevereiro é sazonal, e deve se manter em março.

“O comportamento, tradicionalmente, segue esse padrão. E nesse ano não foi diferente, a gente vê um crescimento relativo, mas ainda assim vemos que o desempenho está mais fraco do que o primeiro bimestre do ano passado.”

“Esperamos um desempenho um pouco melhor agora em março e em abril tendemos a fazer novas projeções e ver como isso vai se dar até o final do ano”, acrescentou.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 4,5% em fevereiro, para R$ 26,1 bilhões, na comparação ano a ano.

Já as importações de máquinas subiram 12,4% no mês passado, para US$ 2,1 bilhões, enquanto as exportações recuaram 23,2%, para US$ 829,4 milhões, após um desempenho forte em 2023.

De acordo com Silva, o feriado de Carnaval em fevereiro também pode ter tido efeito sobre o resultado de exportação, já que algumas operações acabam sendo adiadas ou computadas no mês seguinte.

A indústria de máquinas terminou o bimestre com um nível de ocupação de capacidade instalada de 71,4% ante 77,4% no fim de fevereiro do ano passado. A carteira de pedidos ficou estabilizada em 9,4 semanas para atendimento.

“Dentre os setores fabricantes, os que estão com carteira baixa são os que produzem máquinas destinadas a indústria, para agricultura e para construção civil”, afirmou a Abimaq.



Fonte: Externa

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