Projeto para facilitar a construção de blockchains na Polkadot tem VP brasileiro e recebe US$ 6 milhões em investimentos | Criptomoedas

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O projeto de infraestrutura de “appchains” na Polkadot, Tanssi, da Moondance Labs, recebeu um investimento de US$ 6 milhões em uma rodada de financiamento estratégico liderada pelas empresas de venture capital Scytale Digital, KR1 e SNZ. De acordo com o brasileiro Thiago Rudiger, vice-presidente de crescimento da Tanssi, a ideia da rede é facilitar a criação de aplicações cripto ao orquestrar a construção de blocos para outros projetos.

Em uma “appchain”, por outro lado, o conceito é mais parecido com o de uma blockchain modular tal qual a Celestia. Nos protocolos modulares, cada rede é responsável por apenas uma camada. Nas “appchains”, a descentralização pode ser ainda maior, pois cada aplicação fica responsável por sua própria blockchain e a rede principal apenas dá as ferramentas para que o projeto seja construído.

Na Polkadot, por exemplo, o que é visto como grande vantagem é o compartilhamento de validadores. “Quando uma appchain nasce na Polkadot, ela já nasce com 400 validadores”, ressalta Rudiger. Isso porque cada uma das blockchains construídas em torno da rede de camada zero, chamadas de “parachains”, compartilha seus validadores de transações com as outras, o que traz mais segurança e praticidade para todo o ecossistema, visto que quanto mais validadores, mais segura uma rede é, e as novas parachains não são obrigadas a construir do zero todos os seus nós de validação.

“As ‘appchains’ mitigam o efeito de outros produtos para seus usuários finais. Em uma ‘appchain’ não existe o risco de passar uma proposta de governança que ajude um setor como [finanças descentralizadas] DeFi e prejudique outro, como jogos NFT. Há uma segregação da comunidade que ajuda a aumentar o foco”, explica Rudiger.

Dentro deste contexto, a Tanssi opera como meio de campo entre a camada zero da Polkadot e as aplicações que trarão alguma utilidade para o usuário final. O objetivo da Tanssi é ser uma plataforma de compartilhamento de “collators”, os criadores de novos blocos para as parachains. Os “collators” agregam as transações efetuadas nas parachains e as inserem em novos blocos para serem validadas. Com a Tanssi, a ideia é de que os “collators” da Polkadot possam fazer este trabalho para várias parachains ao mesmo tempo, assim como os validadores da rede já fazem.

“A Tanssi é uma ‘parachain-meio’ na Polkadot, não vai ter pools de liquidez ou smart contracts. A ideia é orquestrar a produção de blocos para outros projetos”, define o vice-presidente de crescimento. “Queremos ser a Amazon Web Services das blockchains.”

Embora ainda esteja em fase de testes, a Tanssi já fez uma série de parcerias no Brasil, como Kona Finance, Lumx, Sonica, Tools for the Commons e Mobiup. “Já fizemos onboarding de mais de 300 projetos. Vamos lançar um token próprio em breve e agora queremos aumentar o investimento em marketing e time”, adianta Rudiger, que aventou a possibilidade do projeto distribuir um airdrop para quem ajudar a testá-lo na fase atual.

Antes da rodada de investimentos realizada no último mês, a Tanssi também levantou US$ 3 milhões no ano passado.

Fonte: Externa

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