A principal força de oposição à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela informou nesta terça-feira (26) ter, enfim, conseguido inscrever um candidato para representá-la nas eleições presidenciais no país.
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Ex-embaixador, ele foi registrado como candidato pela MUD (Mesa da Unidade Democrática), coalizão absorvida pela atual aliança opositora, PUD (Plataforma Unitária Democrática).
Segundo o PUD, contudo, o nome de González Urrutia é provisório, e busca meramente garantir a representação da força no pleito até que ela consiga “inscrever sua candidata por direito”.
Em nota no X, o PUD afirmou que a decisão foi motivada pela concessão, por parte do órgão eleitoral venezuelano, de um prazo de horas para realizar o processo de inscrição de um candidato próprio no último dia para isso, segunda-feira (25). Antes, a coalizão havia feito diversas tentativas de inserir os dados de Yoris no sistema, sem sucesso. Segundo a agência de notícias Reuters, as alianças podem substituir seus candidatos até o dia 20 de abril.
Já se esperava que houvesse dificuldades para a inscrição da oposição, que acusa o regime de ignorar o Acordo de Barbados. No tratado, assinado na ilha caribenha homônima em outubro passado, Caracas se comprometia a realizar eleições livres e idôneas, garantindo a presença de observadores externos — diretrizes das quais vem se afastando a olhos vistos.
As inscrições para o pleito, marcado para 28 de julho, foram abertas na quinta-feira (21). Desde então, além do PUD, 12 candidatos foram registrados.
Apenas um deles é da oposição de fato: Manuel Rosales, que perdeu para Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 2006. O seu partido, UNT (Um Novo Tempo), também integra a PUD, mas sua candidatura não teve o endosso de María Corina.
Outros 9 nomes se apresentam como oposição, mas são considerados “alacranes”, termo local para colaboradores do regime. Por fim, o próprio Maduro oficializou sua candidatura na segunda-feira, com o apoio de 12 organizações que fazem parte da sua aliança.