- Faltam mais de seis meses para a eleição e o presidente tem tempo para reverter a perda de popularidade;
- A pesquisa do Ipec revela uma média nacional e regional, mas a amostra não permite extrair comparações por cidade.
- Nas cidades do interior e nos entornos das regiões metropolitanas, Lula tem saldo ligeiramente positivo: 2 e 3 pontos, respectivamente.
Na cidade de São Paulo, pesquisa Datafolha mostrou que embora o apoio do presidente a um candidato afaste 42% dos eleitores paulistanos, sua influência é mais benigna do que a do antecessor:
- 63% dos eleitores paulistanos não votariam em um candidato apoiado por Jair Bolsonaro. Apenas 17% votariam com certeza no candidato bolsonarista, e outros 19% talvez votassem.
- Já o apoio do atual presidente ajudaria seu candidato entre a maioria absoluta dos eleitores de São Paulo (24% votariam com certeza e 31% poderiam votar em um candidato apoiado por Lula).
Esse é o dilema do prefeito candidato à reeleição em São Paulo. Ricardo Nunes chegou a um empate técnico com o Guilherme Boulos, o candidato de Lula, graças ao eleitorado bolsonarista. Mas, à medida que mais eleitores paulistanos descobrirem que ele é o candidato de Bolsonaro, a rejeição ao prefeito tende a aumentar.
Enquanto Nunes vai ter que esconder Bolsonaro, Boulos pode expor o apoio de Lula o quanto quiser.
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