Preço de medicamentos genéricos tem diferença de até 686% em São Paulo, segundo Procon

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Uma pesquisa feita pelo Procon-SP em lojas físicas e sites de farmácias de São Paulo mostrou que medicamentos vendidos no Estado apresentam diferenças de preço de até 686%, no caso dos genéricos, e de até 124% entre os remédios de referência.

A maior discrepância foi encontrada em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, onde o preço do medicamento genérico nimesulida de 100 mg, com 12 comprimidos, variou de R$ 2,99 a R$ 23,49.

Já para os medicamentos de referência, a maior variação foi encontrada na Baixada Santista. Lá, uma caixa de amoxicilina de 500 mg, com 21 cápsulas, da farmacêutica GSK, custava R$ 67,08 em uma farmácia, enquanto outra vendia o mesmo produto por R$ 29,95, uma variação de 124%.

Medicamentos genéricos são 67% mais baratos do que os de referência Foto: benjaminnolte/Adobe Stock

O levantamento considerou os preços em sites de seis grandes redes – Drogaria São Paulo, Drogasil, Extrafarma, Droga Raia, Pague Menos e Ultrafarma – e em lojas físicas de municípios como Araçatuba, Santos, São Vicente, Bauru, Campinas, Jaú, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba, entre os dias 27 e 29 de maio.

Na capital, a pesquisa nos sites revelou uma diferença de preços de até 230% entre os medicamentos genéricos. A dipirona sódica em gotas (500 mg/ml), por exemplo, custava R$ 7,81 em uma página e R$ 2,37 em outra.

Entre os medicamentos de referência, a maior diferença encontrada nas lojas online foi de 135%, com o Dexason (1 mg/g), da Teuto, sendo vendido por R$ 9,79 em um site e por R$ 4,17 em outro.

Genéricos vs. medicamentos de referência

Os medicamentos de referência são aqueles desenvolvidos pelo fabricante original e com marca registrada. Já os genéricos são versões com fórmulas oriundas dos medicamentos de referência, após a expiração de suas patentes. Assim, eles contém os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica, e são administrados pela mesma via.

A pesquisa do Procon mostrou que, em média, os medicamentos genéricos são 67% mais baratos do que os de referência, oferecendo uma economia significativa para os consumidores.

Vale destacar que, de acordo com o Procon-SP, farmácias e drogarias não podem praticar preços acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão responsável pela regulação econômica do setor de medicamentos no Brasil. /COM AGÊNCIA BRASIL

Fonte: Externa

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