Neste sábado, 13, a Secretaria de Estado da Saúde vai realizar o Dia D de vacinação contra a gripe nos 645 municípios paulistas com a abertura de postos de saúde que costumam ficar fechados nos fins de semana. A ação tem como objetivo atingir cobertura vacinal de 90% dos grupos elegíveis, evitando complicações, internações e mortalidade em decorrência do vírus da influenza.
Além da vacinação em AMAs/UBS Integradas, que já ficam abertas aos sábados, a campanha vai levar a oferta de imunizantes também às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em horários definidos por cada município. Além disso, a data marca a ampliação da cobertura vacinal contra a gripe para 18,1 milhões de pessoas pertencentes aos grupos prioritários.
Importante ressaltar que apesar do Estado ter estipulado o sábado para realização da campanha, os municípios paulistas possuem autonomia para estipular a data de realização. A capital paulista, por exemplo, realizou a campanha no dia 23 de março. Por esse motivo, a Secretaria Municipal de Saúde de SP vai manter o esquema normal, ou seja, apenas as AMAs/UBS Integradas ficarão abertas no sábado, das 7h às 19h.
Os seguintes grupos podem receber a vacina da gripe pelo SUS:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- Profissionais de saúde
- Gestantes
- Puérperas
- Professores do ensino básico e superior
- Povos indígenas
- Quilombolas
- Idosos com 60 anos ou mais
- Pessoas em situação de rua
- Profissionais das forças de segurança e salvamento
- Profissionais das Forças Armadas
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso
- Trabalhadores portuários
- População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens que cumprem medidas socioeducativas
Avanço da doença e prevenção
Considerada uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a gripe, causada pelo vírus da influenza, também pode agravar doenças pré-existentes, como diabetes tipo 2, e causar complicações cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. Contudo, cerca de 70% dos brasileiros não sabem disso, segundo levantamento realizado pela farmacêutica Sanofi em parceria com a ALS Perception, em fevereiro de 2024.
Os casos de influenza têm avançado no Brasil. No município de São Paulo, por exemplo, a doença tem colaborado para o aumento dos atendimentos e de internações de crianças – um dos grupos de risco da doença, junto com idosos -, gerando lotação e prolongamento do tempo de espera nos serviços de saúde. A situação é observada tanto em hospitais da rede privada quanto do sistema público.
Nesse sentido, é preciso se ater às formas de contágio da doença, que ocorre principalmente por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Além disso, o vírus pode ser transmitido de forma indireta, quando as mãos entram em contato com superfícies contaminadas e levam o agente infeccioso diretamente à boca, olhos e nariz.
A vacinação é reconhecida como a principal medida para reduzir os riscos de contágio. Além dela, é importante também adotar medidas preventivas simples, como lavar as mãos com frequência, utilizar lenços descartáveis, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e manter os ambientes bem ventilados.