Plano Brasileiro de IA tem recursos, mas esbarra em burocracia, diz ministério | Empresas

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por O Diretório
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O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que propõe investir R$ 23 bilhões, em quatro anos, no desenvolvimento do mercado brasileiro de IA, aguarda a validação da Casa Civil e de outros ministérios para que seu decreto seja publicado. O projeto foi apresentado no dia 30 de julho, pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), mas um dos obstáculos, segundo a própria pasta, é a burocracia.

Corrêa também disse que parte dos investimentos previstos pelo PBIA provem de recursos orçamentários. Além disso, cerca de R$ 11 bilhões partem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e outra metade, de empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Desta vez, por incrível que pareça, no PBIA, a gente tem recursos porque, há dois ou três anos, temos podido usar recursos do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]”, disse Corrêa a jornalistas, em painel com o presidente da Dell Technologies Brasil, Diego Puerta, e a diretora sênior do Centro de Inovação em IA da Dell, Ana Oliveira.

“Temos recurso, vontade, mas ainda não temos eficiência na burocracia brasileira”, completou Corrêa. Segundo ele, para que um recurso do FNDCT chegue a uma universidade ou a um centro de pesquisa e desenvolvimento, há um longo caminho que pode levar um ano. “O maior desafio do plano é vencer a burocracia no Brasil.”

Dell gera impacto de R$ 27,4 bilhões no Brasil

Durante o evento, Puerta informou que a fabricante de computadores, servidores e dispositivos de armazenamento contribuiu com R$ 27,4 bilhões com a economia brasileira, em 2023, segundo um estudo da S&P Global para a empresa. Deste volume, R$ 9,19 bilhões configuram gastos diretos da empresa e indiretos de fornecedores que contribuíram com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano passado.

“O mercado brasileiro não é simples de operar. Quando iniciamos a operação, 3/4 do mercado eram compostos por computadores montados, o chamado ‘mercado cinza’”, recordou Puerta.

A empresa informa ter gerado 101 mil empregos diretos e indiretos. Segundo o relatório, cada R$ 100 do salário recebido pelos funcionários da Dell e de parceiros injetam R$ 424 na economia.

Dia 3 de novembro, a empresa comemora 25 anos de atuação no país. “Ao longo dos últimos anos, o Brasil passou por diversas crises e nunca deixamos de investir”, disse o presidente da subsidiária brasileira.

A fabrica da empresa em Hortolândia, no interior de São Paulo, produz 90% dos equipamentos vendidos no país. Segundo Puerta, a Dell possui mais de 24% de participação no mercado de computadores pessoais (PCs) e quase metade do mercado de servidores no país.

Fonte: Externa

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