A Polícia Federal (PF) pediu para que os três suspeitos de mandarem matar a vereadora Marielle Franco fossem levados a penitenciárias federais e não ficassem detidos no Rio de Janeiro.
Para os investigadores, os três suspeitos continuaram, ao longo das investigações, usando “seus tentáculos nos espaços de poder estaduais e federais para garantir a eficácia de seu antigo planejamento de inviabilizar todos os meios viáveis para a conclusão hígida do presente trabalho investigativo”.
“Neste cenário, os fatos comprovadamente demonstrados acima são irrefutáveis a respeito da incapacidade do Sistema Penitenciário Estadual em custodiar os mencionados investigados”, escreveu a PF.
Segundo a corporação, como os investigados “estão no topo da horda violenta que atua com absoluto desprezo à vida humana e ao Estado Democrático de Direito, tem-se como absolutamente imprescindível sua imediata inclusão no Regime Disciplinar Provisório, a ser cumprido em penitenciária federal”.
O relatório também apontou que os três executores do crime – Ronnie Lessa, Élcio Queiroz e Maxwell Simões Corrêa – foram encaminhados para o sistema federal, e que, por isso, não deveria haver um tratamento diferente para os mandantes.
“À luz do princípio da isonomia, ao examinarmos o atual cenário fático, é natural que aqueles que conceberam, idealizaram e planejaram o delito tenham tratamento igual ou mais severo do que aqueles que serviram de mero instrumento para o alcance de seus intentos espúrios”, disse.
Para a PF, “haveria crime sem Ronnie, Élcio e Macalé e cia., mas não haveria crime sem Domingos, Chiquinho e Rivaldo, mentores e líderes desse grupo criminoso”.