Pesquisadores conseguiram visualizar o menor terremoto estelar já registrado, produzido por uma estrela anã laranja. O estudo do evento permite que a medição do tamanho desses astros seja mais precisa e, consequentemente, a dos planetas.
Chamada Epsilon Indi, foi a menor e mais fria estrela encontrada que produz terremotos semelhantes aos do Sol. Esses movimentos são importantes para obter uma visualização do interior do astro e saber melhor sobre ele.
Neste estudo, foi utilizada a técnica de asterosismologia, que mede a oscilações nas estrelas. É uma estratégia semelhante à da sismologia, que estuda os terremotos e a propagação das ondas sísmicas pela crosta terrestre.
Com o uso dessas ferramentas e a observação do fenômeno, foi possível medir com mais precisão o tamanho dessas estrelas. Com isso, também é possível definir as medidas dos planetas em relação a elas.
Tiago Campante, autor principal do estudo, disse em comunicado de imprensa que: “O nível extremo de precisão dessas observações é uma realização tecnológica excepcional. É importante destacar que essa detecção conclui que, com a asterosismologia, é possível analisar anãs frias com temperaturas superficiais tão baixas quanto 4.200 graus Celsius (cerca de 1.000 graus mais frias do que a superfície do Sol), efetivamente abrindo um novo domínio na astrofísica observacional”.
Essas estrelas vêm sendo foco de estudos na busca de planetas habitáveis e vidas extraterrestres, com a hipótese de estarem em volta delas.
Com esta descoberta, a Missão Plato, organizada pela Agência Espacial Europeia (ESA), programada para ser lançada em 2026, vai buscar registrar mais terremotos nas estelares nas anãs laranjas, além de continuar com a busca dos planetas ao entorno delas.