Passar muito tempo sentado no trabalho traz riscos

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por O Diretório
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A maioria dos profissionais em modelo de trabalho remoto reduz a mobilidade e muitos quase nunca saem de casa, o que traz riscos à saúde física e mental

Ficar o dia todo atrás de um computador faz parte da rotina de muitos profissionais. Mas evidências mostram que ficar sentado por muito tempo é um dos maiores riscos à saúde.

Um estudo disponível na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos mostra que metade dos adultos norte-americanos passa mais de 9,5 horas por dia sentada – incluindo mais de 80% do seu tempo de lazer –, seja no carro, em uma mesa ou em frente a uma tela.

Uma pesquisa com 2.000 trabalhadores remotos e híbridos descobriu que 60% das pessoas afirmam que reduziram a sua mobilidade em mais de 50% trabalhando remotamente.

Qual o problema?

O corpo humano não foi projetado para ficar sentado por longos períodos de tempo. Isso reduz o fluxo sanguíneo e de oxigênio, causa ganho de peso e leva a doenças cardíacas e diabetes tipo 2. Estudos também mostram que ficar preso à mesa de trabalho pode ser tão ruim quanto fumar e, na verdade, reduz sua expectativa de vida, com um risco 80% maior de morrer de doenças cardiovasculares. Além disso, aumenta o risco de demência para adultos com mais de 60 anos que ficam sentados por mais de 10 horas por dia.

De acordo com um estudo da Sociedade Americana contra o Câncer, as mulheres que ficavam sentadas mais de seis horas por dia tinham 34% mais probabilidade de morrer do que aquelas que eram mais ativas. Para os homens, a chance é 18% maior.

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Movimento é o melhor remédio

Por outro lado, o Colégio Americano de Medicina Esportiva relata que os trabalhadores que se exercitam por um mínimo de 45 minutos por semana tiram de 25% a 50% menos dias de licença médica. E cientistas britânicos apontam que pessoas de meia-idade que se exercitam pelo menos duas vezes por semana têm 60% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer do que os sedentários.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda atividades físicas tanto durante os momentos de lazer quanto no trabalho para melhorar e manter uma boa saúde e bem-estar. O exercício regular reduz o risco de desenvolver ansiedade em quase 60%. Se você não tem tempo de ir à academia, pratique exercícios suaves entre os compromissos em sua mesa. Especialistas dizem que apenas ficar de pé ou dar uma volta por alguns minutos pode ajudar.



  • 1. Movimente-se

    Apenas movimentar-se pode reduzir o risco de parada cardíaca súbita em 92%. Reserve alguns minutos para alongar o corpo. Observe onde você acumula mais tensão e depois libere-a. Concentre-se em cada parte do corpo que permaneceu contraída. Curve-se e tente tocar os dedos dos pés, sentindo o alongamento e deixando a tensão em seu corpo evaporar. Considere fazer caminhadas curtas de pelo menos cinco minutos ao ar livre em um dia agradável ou subir e descer um lance de escadas em dias de mau tempo.


  • 2. Vá de escada

    Pesquisas mostram que subir quatro lances de escada em menos de um minuto proporciona uma boa saúde cardíaca. Portanto, em vez de pegar o elevador para o escritório, faça alguns minutos de exercício subindo e descendo um lance de escadas diariamente.


  • 3. Faça uma caminhada na natureza

    Estudos mostram que caminhadas curtas e rápidas reduzem o estresse do dia de trabalho, aumentam e sustentam seu nível de energia e recalibram um cérebro cansado. E você tem um desempenho melhor depois de uma caminhada em espaços verdes ou em um parque do que depois de andar por uma rua barulhenta da cidade. A exposição a um espaço verde reduz a ansiedade e melhora a depressão. Em vez de almoçar na sua mesa, encontre um parque ou um ambiente natural para comer. Se possível, siga os espaços verdes.


  • 4. Pratique a regra 20-20-20

    Coloque um alarme a cada 20 minutos quando estiver trabalhando na frente de uma tela como um lembrete para sair da estação de trabalho. Leva 20 segundos para seus olhos relaxarem completamente. A cada 20 minutos, durante 20 segundos, caminhe pela sala, suba e desça um lance de escadas ou olhe pela janela. Você também pode adaptar esse tempo conforme suas necessidades.


  • 5. Pratique yoga na cadeira entre as reuniões diretamente da sua mesa

    Sente-se na cadeira, inspire e levante os braços em direção ao teto. Deixe as omoplatas deslizarem pelas costas enquanto você estende a mão para cima com as pontas dos dedos. Ancore os ísquios no assento e estenda a mão a partir daí. Coloque a mão esquerda sobre o joelho direito e o braço direito nas costas da cadeira. Alongue por 60 segundos. Coloque a mão direita sobre o joelho esquerdo com o braço esquerdo apoiado no encosto da cadeira por mais 60 segundos. Depois de três a cinco minutos, você notará uma energia renovada, maior clareza mental e estará pronto para voltar ao trabalho.


  • 6. Pratique treinos intervalados de alta intensidade

    Durante a hora do almoço, antes ou depois do trabalho, vista suas roupas de ginástica e vá à academia para levantar pesos ou correr ao redor do quarteirão para liberar endorfina. De acordo com pesquisas, treinos intervalados de alta intensidade fortalecem o coração ainda mais do que o exercício moderado. Você voltará para sua mesa com as baterias recarregadas, a energia renovada e a cabeça limpa.

1. Movimente-se

Apenas movimentar-se pode reduzir o risco de parada cardíaca súbita em 92%. Reserve alguns minutos para alongar o corpo. Observe onde você acumula mais tensão e depois libere-a. Concentre-se em cada parte do corpo que permaneceu contraída. Curve-se e tente tocar os dedos dos pés, sentindo o alongamento e deixando a tensão em seu corpo evaporar. Considere fazer caminhadas curtas de pelo menos cinco minutos ao ar livre em um dia agradável ou subir e descer um lance de escadas em dias de mau tempo.

O segredo é se mexer. Fique de pé, ande, corra, dance, alongue-se. A chave para manter a saúde e a longevidade no trabalho não está na cadeira do escritório.

 

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

(Traduzido por Fernanda Almeida).



Fonte: Externa

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