A oferta de privatização da Sabesp será feita em duas etapas. Primeiro, será feito um processo competitivo entre os potenciais acionistas de referência, que terão 15% da companhia e maior controle sobre a gestão. Nesta fase, serão selecionados os dois grupos com as melhores ofertas. Na etapa seguinte, haverá uma espécie de disputa em que os demais investidores “escolherão” o vencedor.
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Na disputa, vencerá o “bookbuilding” quem somar o maior valor total. Desta forma, caso haja um sócio de referência que, na visão do mercado, é mais capacitado para conduzir a empresa, ele terá uma vantagem na concorrência. O modelo foi explicado por Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, em entrevista coletiva.
O acionista de referência da Sabesp terá uma trava para a venda de suas ações de cinco anos, portanto, só poderá vender parte dos papéis a partir de 2029, quando está prevista a universalização dos serviços.
A partir daí, poderá vender as ações, porém, o governo paulista coloca uma regra pela qual, caso a empresa fique com uma participação inferior a 10%, será desfeito o acordo de acionistas, que será desenhado antes da oferta.
A privatização da Sabesp é uma das principais bandeiras do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e tem o apoio do prefeito da capital e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). O governador pretende terminar o processo de privatização da Sabesp neste ano, antes da eleição municipal. Em dezembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a privatização da Sabesp pelo governo do Estado.
Nesta quarta, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, o projeto que permite a manutenção do contrato da capital paulista com a empresa depois da desestatização.