Minoxidil pode levar bebês à ‘síndrome de lobisomem’; entenda

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A calvície é uma característica genética herdada que se manifesta na metade dos homens acima dos 50 anos. Pessoas incomodadas com a falta de cabelos podem procurar ajuda de medicamentos. Um deles é o Minoxidil, vendido livremente nas farmácias do País.

No entanto, o Centro de Farmacovigilância de Navarra, na Espanha, emitiu um alerta. O departamento estatal descobriu que bebês que convivem com pais usuários do medicamento na versão loção podem desenvolver a hipertricose, um crescimento fora do padrão de pelos no corpo. Por aqui, apelidaram a condição médica de “síndrome do lobisomem”.

O medicamento Minoxidil é usado para o tratamento da calvície masculina. Foto: elenavolf/Adobe Stock

Foram encontrados 11 casos de bebês em fase de amamentação que apresentaram a hipertricose. A tese é que esses bebês foram expostos acidentalmente ao Minoxidil. A exposição pode ser pele com pele ou mesmo via oral, quando o bebê encosta a boca na pele do adulto usuário do Minoxidil. Os sintomas desapareceram com a suspensão do uso do medicamento pelo familiar.

O Centro de Farmacovigilância alertou que a exposição de bebês ao Minoxidil é grave, já que o produto não é indicado a crianças. “O surgimento de hipertricose em crianças pode ser alarmante e levar à realização de numerosos exames laboratoriais e de imagem […], o que pode gerar grande estresse nas famílias dos pacientes”, diz o boletim emitido pelo centro.

O caso foi levado à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que alterou, em outubro, a bula do medicamento. Agora, além de recomendar lavar as mãos depois do uso do medicamento, a bula recomenda evitar o contato de lactantes com as partes do corpo onde foi aplicado o remédio.

Fonte: Externa

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