Lira poderia ter tentado acordo sobre CCJ e Educação, diz Gleisi

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A presidente do PT criticou as escolhas do PL para presidir as comissões e disse que quem vai pagar o preço é a Câmara

A análise dos petistas é que o governo seguirá sem problemas apesar da derrota, porque a maioria dos projetos não passa pelas comissões, indo diretamente para o plenário. Na foto, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann

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Sérgio Lima/Poder360 11.nov.2022





A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta 5ª feira (7.mar.2024) que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), poderia ter feito um acordo com o PL para indicar nomes mais moderados para as principais comissões da Câmara.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a Comissão da Educação foram os principais pontos de embate entre a oposição e os partidos governistas. Em nova derrota para o Executivo, o PL indicou e conseguiu eleger os deputados Caroline de Toni (PL-SC) e Nikolas Ferreira (PL-MG) para os respectivos colegiados.

“Eu acho que o presidente da Casa devia ter tentado fazer isso, mas infelizmente a Câmara vai pagar o preço, não somos nós, não”, falou.

A análise dos petistas é de que o governo seguirá sem problemas apesar da derrota, porque a maioria dos projetos não passa pelas comissões, indo diretamente para o plenário.

“Governo vai seguir, não vai depender da comissão de educação, imagina, nem de CCJ, vai seguir a vida. O problema é que isso depõe contra a Casa, é isso que não se entendeu ali. É ruim para a Câmara”, declarou Gleisi.

Não faltaram críticas a Nikolas Ferreira ter sido escolhido para presidir a comissão de Educação. A presidente do PT disse que “depõe” contra a Casa um “mal-educado” neste posto. A avaliação de governistas é de que o deputado será “enquadrado” a se comportar na comissão, uma das mais tradicionais da Câmara.

“A gente tem gente lá, vamos trabalhar, vamos disputar as coisas. Não sei nem se ele vai fazer pauta, se ele tem capacidade para isso […] eles vão ficar fazendo discurso, atacando, fazendo convocação, fazendo bagunça que é o que eles sabem fazer, infelizmente”, disse.

O Poder360 apurou que o PL indicou Nikolas como uma forma de provocação ao governo Lula e que o deputado foi convencido a aceitar o cargo.

“Apesar de algumas críticas, minha presidência respeitará a todos os partidos e membros da comissão. As relatorias serão divididas pela proporcionalidade da comissão e a pauta será definida por consenso, diferentemente do que vivi como titular na Comissão de Direitos Humanos, sob a presidência de uma Deputada do PT, que não respeitava os partidos de oposição, não designava relatorias e não debatia a pauta da comissão com todos os pares”, declarou Nikolas em nota.

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