Limites à vista para RJ de produtor rural

O Diretório
por O Diretório
3 Leitura mínima

Não é novidade que o aumento exponencial do número de pedidos de recuperação judicial no agro tem preocupado o mercado financeiro. Muitos bancos e fundos de investimento que aportaram recursos em produtores têm encontrado dificuldade para executar as garantias contratuais, especialmente propriedades rurais, que têm sido consideradas bens essenciais em decisões de primeira instância na Justiça.

A nova estratégia de muitos agricultores tem sido incluir nos pedidos de recuperação dívidas referentes às Cédulas de Produto Rural (CPR), usadas para financiar a produção. Com isso, os produtores que recorrem à medida querem ganhar tempo para honrar os pagamentos e até mesmo renegociar os valores juntos aos credores. Muitos juízes já acataram esse tipo de pedido.

A situação chegou a ser levada ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que enderessou o assunto ao colega da Esplanada, Carlos Fávaro. O ministro da Agricultura encaminhou um ofício ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pedindo a atuação do órgão para conter possíveis excessos e interpretações erradas dos juízes de primeira instância.

CDB Banco XP com 103% do CDI Bruto

Aproveite essa oportunidade de rentabilizar o caixa da sua empresa com liquidez diária

Porém, uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás a favor da Agrex pode começar a mudar esse cenário. A trading conseguiu excluir o crédito de uma CPR equivalente a 30 mil sacas de soja do pedido de recuperação feito pelo produtor Luciano Cândido Soares.

Apesar de não existir um levantamento oficial do número de pedidos de RJ feitos no setor nos últimos meses, fontes do mercado estimam que o valor dos débitos em negociação se aproximam de R$ 3,5 bilhões. Ainda assim, especialistas defendem que a crise não permeia todo o setor produtivo.

O economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados, é um dos que refutam a ideia de crise generalizada no agronegócio. Para ele, depois de três anos consecutivos de margens acima da média, é natural que o setor viva agora um momento de instabilidade.

Fonte: Externa

Compartilhe esse artigo