Juliana Souza organiza jantar solidário em São Paulo

O Diretório
por O Diretório
8 Leitura mínima

Arquivo pessoal

Juliana Souza, uma das fundadoras do Instituto Desvelando Oris, na sede da ONU, em Genebra, na Suíça

Enquanto entra e sai das assembleias do 3º Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, que acontece até hoje (19) em Genebra, na Suíça, Juliana Souza faz contatos, fala com a imprensa e resolve o que preciso for para um compromisso importante na semana que entra: o Ajeum – Jantar Solidário Desvelando Oris, marcado para a noite da próxima terça-feira (23 de abril), em São Paulo.

Desvelando Oris é o nome do instituto criado em 2022 para a promoção do acesso a direitos e oportunidades, com a missão de transpor desigualdades estruturais – e do qual ela é uma das fundadoras. Nesta segunda edição, o jantar reúne cerca de cem convidados na residência de Anne e Nelson Willians – Anne é conselheira e parceira do Instituto. Ainda dá tempo: para garantir uma mesa no jantar, fale com Cleila Teodoro no 11-98720-9380.

O evento terá pocket show de Paula Lima cantando Rita Lee, buffet do Duas Gastronomia e um leilão, com apresentação de Zezé Motta, que vai contar com prêmios que vão de itens de luxo a experiências de entretenimento. Um exemplo? Doações de Vini Junior, que ela aproveitou para visitar em Madri, na Espanha, durante esta viagem à Europa – na mala, ela volta com uma camisa da Seleção e outra do Real Madrid, do qual ele é atacante, devidamente autografadas, além de um terceiro item “muito especial” que o jogador ofereceu para ser leiloado.

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal

Juliana Souza e Vinícius Junior em Madri; o jogador fez doações pessoais para leilão

Hoje dedico todo o meu tempo aos trabalhos do Instituto, do qual sou presidente fundadora e atuo como produtora executiva, comunicando e conectando pessoas a oportunidades e busca de parcerias, sempre procurando tornar a causa mais abrangente. A sede fica em São Paulo, nos Jardins, e é importante contar isso, pois acreditamos que esse território também nos pertence; entendemos como uma presença simbólica. Reivindicando esse lugar para nós, acredito que impactamos mais pessoas que talvez não pudessem conhecer o nosso trabalho se estivéssemos em outra parte da cidade. É um ponto de intersecção entre as periferias e o mercado imobiliário e financeiro, por exemplo.

Sua ida a Genebra tem a ver com o Desvelando Oris?

Vim para o 3º Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU representando o Instituto. No dia 18, fiz uma fala de abertura no Fórum. As discussões incluem 14 lideranças da sociedade civil; do governo e setor privado, que se reúnem para pensar em como avançar, na próxima década, em passos concretos na promoção da equidade e reparação. 

Leia também:

Como surgiu a vontade de criar a organização?

A educação foi a ferramenta que mudou a minha vida e o Instituto sai desse incômodo, de me ver como exceção em tantos espaços. Sempre tive, de um lado, pessoas me oferecendo oportunidade e, de outro, pessoas me pedindo – o Instituto é o amálgama entre elas. Há gente brilhante por aí a quem só falta oportunidade. Nós, fundadores – minha mãe Tercilia Conceição, e Jálisson Mendes, meu parceiro de vida e educador social há mais de 15 anos – queríamos por meio do Instituto ampliar o impacto que já exercíamos como pessoa física; eu no campo do Direito, ele no campo social e a minha mãe como a grande mentora intelectual e transformadora de vidas, com sua sabedoria e história pessoal. Nosso primeiro financiamento veio na pandemia, pelas mãos de Marcela Bastos, filha do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Começou com rodas de conversa com mulheres e jovens, mas também já produzimos um relatório para a CPI da Covid, sobre os impactos da pandemia para a população negra e o aprofundamento da desigualdade, pensado de maneira interseccional (raça, igualdade, gênero), construído a muitas mãos pretas. Boa parte dele foi considerada na comissão. O Instituto tem, por exemplo, biblioteca, professores de inglês e alemão, e parceria para grandes festivais, para garantir que esses espaços sejam cada vez mais inclusivos.

Do que você mais se orgulha?

Me orgulho de ter conseguido conquistar parcerias com marcas e empresas em tão pouco tempo, além da sede física. E, claro, do impacto da transformação, das pessoas que passaram por nós e seguem fazendo o trabalho conosco. São histórias como a de uma mulher, que não cabe identificar, que credita ao Instituto a sua mudança de vida: saiu de um relacionamento abusivo, terminou a graduação em Direito, está empregada e faz duas pós-graduações. A ela, e a outras pessoas, fazemos contribuições concretas, como conseguir bolsas de estudos, e simbólicas, que é o fato de elas poderem descobrir as próprias potências. Quando a pessoa vem de um lugar de ausência, pode não enxergar além do que já está posto, nem as possibilidades que há nelas e para elas. O Instituto tem um papel importante de despertar esses talentos, sejam os adormecidos, sejam os invisibilizados.   

O que significa Desvelando Oris?

Desvelar significa apresentar/expor/instigar, e oris vem do yorubá e significa cabeça. É um processo de tomada de consciência sobre si, sobre seu entorno, suas responsabilidades e direitos, suas potências e vulnerabilidades. Tem sido muito importante construir essa jornada com as pessoas incríveis que temos encontrado pelo caminho. Tenho certeza de que novas alianças hão de vir. Estamos apenas começando; nossos desafios e ambições são imensos! Precisamos de parceiros em todos os aspectos. Por isso, reitero meu convite para quem ainda não adquiriu sua mesa: vocês não podem ficar de fora.

As mesas para a 2ª edição do Ajeum – Jantar Solidário Desvelando Oris podem ser adquiridas com Cleila Teodoro no telefone/WhatsApp 11-98720-9380.

Donata Meirelles é Consultora de estilo, atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.



Fonte: Externa

Compartilhe esse artigo