Os destaques da semana passada foram as decisões de juros tanto no Brasil quanto nos EUA. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optou pelo corte de 0,5 ponto percentual (p.p.) na Taxa Selic e sinalizou uma redução equivalente em maio, mudando o tom do comunicado. O Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve (Fed), por sua vez, optou pela manutenção da taxa no intervalo de 5,25-5,50%, com possibilidade de três cortes de 0,25 p.p. ainda em 2024.
Os próximos dias serão marcados por dados de inflação, pelo IPCA-15, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e os dados do mercado de trabalho, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A semana será mais curta pelo feriado de Sexta-feira Santa.
Na segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) de março e a sondagem da construção. Os dados semanais do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) também serão apresentados pela FGV. A Secretaria de Comércio Exterior traz os dados semanais da balança comercial.
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No dia seguinte, as atenções se dividem entre o IPCA-15, apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a divulgação da ata do Copom. O Bradesco prevê aumento de 0,30% na comparação mensal, enquanto o Itaú projeta variação mensal de 0,35%.
Na terça também será a vez da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas apresentar o IPC semanal, a FGV apresenta a sondagem da indústria de março e o Banco Central trará o relatório Focus. Na quarta-feira, a divulgação do Caged deverá trazer 200 mil novas vagas, de acordo com o Bradesco. A FGV trará o IGP-M que é estimado com queda de 0,42% pelo consenso LSEG. O instituto apresentará também a sondagem de serviços e a sondagem do comércio, todos relativos ao mês de março.
O destaque da quinta-feira será a PNAD Contínua de fevereiro, com novos dados de emprego e expectativa do Bradesco de taxa de desemprego de 7,5%. O Banco Central apresentará o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre. O documento apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Copom e traz considerações sobre a evolução do cenário econômico. O relatório também deve apresentar projeções sobre a inflação. O BC também trará o fluxo cambial. Durante a semana, o Tesouro apresentará o resultado primário do Governo Central, com expectativa do Bradesco de queda de R$ 60 bilhões.
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No campo político, as negociações, que já duram semanas, sobre os impostos sobre folha de pagamento e subsídios para o setor de eventos devem continuar. A busca é pela equalização entre as visões do Governo Federal e o Congresso sobre pequenos municípios e o setor de eventos (que foi revogada pela MP 1208). As discussões sobre os parâmetros do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) devem seguir, uma vez que deverão ser estabelecidos nos próximos meses, até junho.
Temporada de resultados
A temporada de resultados do quarto trimestre de 2023 chega na reta final trará os balanços das varejistas Casas Bahia (BHIA), Grupo Soma (SOMA3) e Lojas Marisa (AMAR3). Além dessas, os frigoríficos JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) apresentarão seus resultados e, do setor de saúde, será a vez de Oncoclínicas (ONCO3), Dasa (DASA3) e Rede D’Or (RDOR3).
Confira as datas:
25 de março
Casa Bahia
Equatorial Energia
Light S.A.
Rumo
JHSF
Ânima
Viveo
DEXXOS
Eletromidia
Clearsale
Alper S.A.
Ser Educacional
Grupo Soma
Minerva
Movida
Mobly
26 de março
Gafisa
JBS
Taurus
Armac
Rede D’Or
CVC Brasil
IMC
G2D
Sequoia
27 de março
Dasa
Tecnisa
Lojas Marisa
Cosan
Marfrig
Bradespar
Oncoclínicas
Ambipar
Wiz Co
Orizon
Hapvida
Lopes Brasil
Multilaser
Oi
28 de março
Helbor
Azul
IRB
Simpar
Viver
TC
PDG Realty
Agrogalaxy
Cruzeiro do Sul
Nexpe
Alphaville
Bahema
Celesc
Dotz
Renova
PIB e inflação dos EUA são destaques
Após a divulgação da decisão de juros nos EUA, a semana será marcada pela apresentação do PIB e dados de inflação. A dinâmica de inflação será metrificada a partir da divulgação do deflator dos gastos pessoais.
O Federal Reserve (Fed) apresentará o Índice de Atividade Nacional, de fevereiro, na segunda-feira. No dia seguinte, o Conference Board divulgará os dados de Confiança do Consumidor.
Na quinta-feira, a expectativa será pelo PIB final do quarto trimestre, com projeção de alta de 3,2% na variação trimestral de acordo com o consenso LSEG. Os pedidos semanais de auxílio desemprego e o índice de confiança da Universidade de Michigan, com expectativa de 76.5, segundo o LSEG.
A semana será fechada pelos dados do deflator de despesas com consumo pessoal (PCE), uma das principais métricas de inflação para definição da política monetária no país, com alta de 0,5% na comparação mensal de acordo com o LSEG. A projeção do consenso é de rendimento pessoal de fevereiro estimado com alta de 0,4% na comparação mensal. E, por fim, a balança comercial será apresentada nos EUA.
No exterior, os olhares, na Alemanha, se voltam para dados de confiança do consumidor, na terça, e taxa de desemprego, na quinta. Já a zona do Euro divulgará seu índice de confiança do consumidor de março na quarta-feira e o Reino Unido apresentará seu PIB do quarto trimestre.