A deflação do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) perdeu mais força do que o esperado em março diante da pressão dos preços no atacado, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em março, o IGP-10 registrou queda de 0,17%, contra recuo de 0,65% no mês anterior e taxa negativa de 0,30% esperada em pesquisa da Reuters.
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Com isso, o índice passa a acumular em 12 meses deflação de 4,05%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,40% em março, depois de cair 1,08% no mês anterior.
A alta dos preços dos bens finais acelerou de 0,33% em fevereiro para 0,49%, enquanto os bens intermediários passaram a subir em março 0,07%, de queda de 0,93% antes. Já as matérias-primas brutas caíram 1,85% em março, após recuo de 2,63% em fevereiro.
“Dentre os bens finais, o item que exerceu maior influência sobre o índice foi o subitem ovos, que apresentou uma variação significativa de -1,80% para 12,44%”, destacou André Braz, economista do FGV IBRE.
“No segmento dos bens intermediários, o destaque ficou por conta do óleo diesel, cuja taxa de variação se ajustou de -4,25% para 0,00%, indicando uma estabilização nos preços. Por fim, no que se refere às matérias-primas brutas, a soja teve papel preponderante …, passando de -15,01% para -4,92%”, completou.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou a alta de 0,48% em março, depois de subir 0,62% em fevereiro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,27% no período, depois de uma alta de 0,10% em fevereiro.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.