A projeção de crescimento da carteira de crédito este ano passou de 8,4% para 8,8%, segundo revela a revela a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A expansão da estimativa foi puxada pelo crédito direcionado, que passou de 8,9% para 9,9%, mas o crédito livre também subiu, de 8,1% para 8,5%.
“Apesar do aumento relativo das incertezas no período recente, a pesquisa ainda captou um sentimento positivo por parte dos participantes, tanto em relação ao comportamento geral da economia, como especificamente do crédito, que deve crescer mais do que o esperado até então”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, em nota.
Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade da projeção para 2024, ficando em 4,5%, o que corresponde a uma ligeira queda em relação ao nível atual do indicador (4,6% em fevereiro, segundo o BC). Para 2025, a projeção caiu para 4,2%, de 4,3% na pesquisa anterior.
Metade dos participantes (50%) afirmou não ter alterado suas expectativas em relação ao ciclo de cortes da Selic, mesmo após a mudança da orientação futura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Já o restante espera um ciclo mais lento (30%), mais curto (5%) ou ambos (15%). A mediana para a taxa mostra mais dois cortes de 0,50 ponto percentual, seguido de cortes de 0,25 ponto percentual em julho e novembro, quando chegaria a 9,25%.
Sobre a atividade econômica, 55% dos participantes acreditam que a economia deve seguir surpreendendo positivamente, levando a um crescimento do PIB superior ao estimado pelo consenso atualmente (+1,85%).