Quem tem pet sabe o quão bem esses bichinhos fazem às nossas vidas. O estudo sobre o qual falaremos a seguir diz respeito aos cães, mas eu, como tutor de gato, garanto a vocês que não tem nada mais terapêutico do que sentir a vibração de um bichano ronronando no seu colo.
Falar que os bichinhos de estimação fazem bem é praticamente um senso comum. Mas o que diz a ciência sobre isso? Pesquisadores da Universidade Konkuk, da Coreia do Sul, foram atrás das respostas – e as procuraram no cérebro humano.
Os estudos sobre os benefícios potenciais das interações com animais geralmente adotam uma abordagem mais psicológica, focada no bem-estar, em como as pessoas se sentem. Dessa vez, porém, os sul-coreanos fizeram uma investigação neurológica, com a aplicação de uma série de exames médicos.
De olho na atividade cerebral
Para entender melhor como essas atividades afetam o humor, os cientistas recrutaram uma pequena amostra de 30 participantes adultos. Cada um deles deveria realizar oito atividades diferentes com um cão bem treinado, como lançar brinquedos, dar petiscos e tirar fotos com os cãezinhos.
Todos os participantes usaram eletrodos de eletroencefalograma (EEG) para registrar a atividade elétrica do cérebro enquanto interagiam com os cachorros. Eles também precisaram registrar seu estado emocional subjetivo imediatamente após cada ação.
Os resultados mostraram que a força relativa das oscilações da banda alfa no cérebro aumentou enquanto os participantes brincavam e passeavam com o cachorro, refletindo um estado de vigília relaxada.
Ao escovar, massagear suavemente ou brincar com o cão, a força relativa de oscilação da banda beta aumentou, um aumento normalmente associado ao aumento da concentração.
Os participantes também relataram sentir-se significativamente menos cansados, deprimidos e estressados após todas as atividades relacionadas aos cães.
Ou seja, eles realmente fazem bem para a nossa saúde.
As informações são do Medical Xpress.
Outros estudos
- Esse não é o primeiro estudo – nem será o último – que mostra o impacto positivo dos pets na nossa rotina.
- Uma pesquisa um pouco mais antiga, de 2012, revelou que cuidar de pets retarda o declínio cognitivo de idosos.
- Pesquisadores da Universidade de Michigan coletaram dados de 1300 pessoas acima dos 65 anos.
- Desse total, 53% declararam que eram tutores de pets, sendo que 32% desses já tinham o animal por cinco anos ou mais.
- Todos os participantes foram, então, submetidos a testes cognitivos, como exercícios de memória com palavras, exercícios matemáticos de subtração e contagem numérica, com pontuação de 0 a 27.
- Adivinha quem tirou as melhores notas? Sim, os idosos tutores!
Você pode ler mais sobre esse estudo neste outro texto aqui do Olhar Digital.