Entenda por que país dá sinais de crescimento maior, mas indefinição fiscal é ameaça | Brasil

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por O Diretório
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Dados recentes de atividade econômica levaram o Boletim Macro, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a revisar boa parte de suas estimativas no primeiro trimestre deste ano ante o quarto de 2023. Além da projeção de crescimento do PIB, que passou de 0,5% em março para 0,6% em abril, a de consumo das famílias foi de 0,8% para 0,9%, e a de investimento, de 4,7% para 5,2%. A de exportações passou de queda de 3,7% para alta de 0,6%, e a de importações, de alta de 3,2% para alta 4% no trimestre. Foram revistas para cima ainda projeções para a indústria de transformação, de 1,2% para 1,3%, e de serviços, de 0,4% para 0,5%.

O Boletim alerta, contudo, para elementos domésticos e externos que colocam em risco tanto a trajetória da política monetária quanto o próprio investimento e a atividade no médio prazo. Mudanças na meta fiscal – previstas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso – e expectativas frustradas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ameaçam reduzir ou até mesmo interromper antes do previsto o ciclo de corte da Selic neste ano.

“É difícil separar qual a magnitude de efeitos do âmbito doméstico ou do externo [sobre a economia]. Um acaba potencializando os efeitos do outro. Se houvesse um cenário internacional muito favorável, talvez houvesse espaço para maior leniência em questões domésticas”, afirma Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro.

Há um mês, o FGV Ibre esperava Selic em 9,5% até o fim de 2024. Agora, não prevê menos que 10%.

Fonte: Externa

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