Emissão de dívida da França após Macron convocar eleições tem forte demanda | Finanças

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A primeira venda de dívida pública da França desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições parlamentares antecipadas na semana passada foi recebida com demanda forte, um sinal de que a incerteza política não afastou novos compradores.

Rendimentos altos ajudaram a atrair os investidores, após uma das ondas de depreciação mais brutais dos títulos franceses em décadas. Fundos como Candriam e BlueBay Asset Management afirmaram, esta semana, que as notas continuam vulneráveis a perdas, com o país prestes a ir às urnas.

“Não foi tão ruim quanto eu esperava”, disse Evelyne Gomez-Liechti, estrategista do Mizuho. “Dito isso, eu ainda teria cuidado com os títulos franceses, dado o quão perto estamos do primeiro turno de votação.”

Os investidores receiam que o reforço das contas públicas do país se torne mais difícil se o partido de Macron — que está atrás do de Marine Le Pen nas pesquisas — perder terreno no Parlamento. Na quarta-feira (19), a Comissão Europeia repreendeu o país por ter um déficit público de 5,5%, um nível que excede em muito o limite de 3% do bloco.

O rendimento extra exigido pelos investidores para comprar dívida francesa em relação à alemã se manteve perto de 79 pontos-base, o nível mais alto desde 2017. O spread aumentou mais de 30 pontos-base nos últimos 10 dias.

A Vanguard disse que o tombo dos títulos — e salto das taxas — eventualmente criará uma oportunidade de compra, mas os spreads ainda precisariam se ampliar mais para atrair a gigante de investimentos de volta. Para a Candriam, uma depreciação sustentada dos títulos poderia levar o país a uma crise financeira de grande escala, enquanto a UBS Asset Management disse que a turbulência política na França pode até prejudicar a unidade da Europa.

— Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg

Fonte: Externa

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