Estudos sugerem uma ligação entre a dieta cetogênica e a prevenção da progressão precoce da doença de Alzheimer, oferecendo uma centelha de esperança para muitos.
O regime alimentar, que prioriza a ingestão de gorduras e limita severamente os carboidratos, tem mostrado resultados promissores em pesquisas conduzidas com camundongos, especialmente em fêmeas, onde se observou uma melhoria significativa na memória.
O que ajuda a retardar o Alzheimer?
Segundo um dos estudo, a dieta cetogênica pode ajudar a retardar o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
A dieta cetogênica drástica funciona com a redução do consumo de carboidratos e o aumento da ingestão de gorduras saudáveis.
Essa alteração na alimentação leva o corpo a um estado metabólico conhecido como cetose, onde o organismo passa a queimar gordura como principal fonte de energia em vez de açúcar.
Durante este estado, são produzidos corpos cetônicos, sendo um deles o beta-hidroxibutirato (BHB), que demonstrou ter um papel crucial na prevenção do declínio cognitivo precoce.
Qual o melhor alimento para quem tem Alzheimer?
A dieta cetogênica, indicada para quem vive com Alzheimer, inclui alimentos como carnes, peixes, ovos, laticínios integrais, óleos saudáveis, como azeite de oliva e óleo de coco, e uma variedade de vegetais com baixo teor de carboidratos, como folhas verdes, brócolis e abacate. Frutas com baixo teor de açúcar, como morangos e mirtilos, também podem ser consumidas em moderação.
Por outro lado, é preciso evitar alimentos ricos em carboidratos, como grãos, açúcares, frutas muito doces e alimentos processados.
No entanto, é importante salientar que a dieta cetogênica é um regime alimentar complexo que deve ser adotado sob supervisão médica, especialmente por pessoas com condições pré-existentes ou vulneráveis a alterações dietéticas drásticas.
O que diz o estudo que relaciona a dieta cetogênica com o Alzheimer?
Na pesquisa, realizada pela Universidade da Califórnia (EUA), os camundongos foram submetidos à dieta cetogênica por um período de sete meses.
Os resultados foram notáveis, especialmente entre as fêmeas, que apresentaram níveis quase sete vezes maiores de BHB, o que tem implicações significativas para o retardamento de deficiências de memória relacionadas à idade e possivelmente à doença de Alzheimer.
A professora Izumi Maezawa, participante da pesquisa, destacou a incrível capacidade do BHB de melhorar a função das sinapses, que são estruturas essenciais para a conexão entre as células nervosas no cérebro.
Uma maior conectividade neuronal pode resultar em melhorias nos problemas de memória associados ao comprometimento cognitivo leve, um precursor da doença de Alzheimer.
Quais são os primeiros sinais do Alzheimer?
- Memória: dificuldade em se lembrar de conversas recentes ou localizar objetos.
- Atenção: comprometimento na capacidade de se concentrar, por exemplo, ao assistir TV ou durante o trabalho.
- Desorientação: confusão sobre datas, tempo ou localização.
- Habilidades de pensamento: problemas em planejar ou executar tarefas, como gerenciar as finanças ou preparar uma refeição.
- Comunicação: dificuldade em encontrar as palavras certas.
- Mudanças de humor e comportamento: tornar-se irritadiço, ansioso ou sentir-se desanimado.
Por fim, as descobertas abrem novas portas para abordagens preventivas e terapêuticas contra a doença de Alzheimer, destacando o potencial da dieta na saúde cerebral.
O que fazer para prevenir o Alzheimer?
Além da alimentação saudável, a prevenção do Alzheimer também passa por um estilo de vida equilibrado. Isso inclui atividade física regular, manutenção de um peso saudável e envolvimento em atividades mentais estimulantes.
Com cada descoberta científica sobre o Alzheimer, nos aproximamos de compreender melhor as complexidades dessa condição e, então, podemos medi-la ou até mesmo preveni-la através de nossas escolhas de vida diárias.