O Dia Mundial do Rim, celebrado este ano no 14 de março, serve para discutir com a sociedade sobre as doenças renais, seu tratamento e prevenção. Temos inúmeros tipos de disfunção dos rins, mas quero abordar uma condição silenciosa, comum e letal: a doença renal crônica.
A condição acomete cerca de 10% da população mundial, e é definida pela perda de função gradual e progressiva da capacidade dos rins de filtrar as impurezas do sangue. O diabetes e a pressão alta, principalmente se mal controlados, são as principais causas do problema no Brasil e no mundo.
Importante lembrar que a obesidade por si só é um fator de risco para a queda de função dos rins. Outro fator causador é o tabagismo.
A taxa de subdiagnóstico ultrapassa os 80% das pessoas em países ditos desenvolvidos. Dados alemães, por exemplo, apontam que 30% dos pacientes com estágio final, pré-diálise, passam em consulta sem diagnóstico.
E, para dar o diagnóstico, precisamos apenas de dois exames básicos: dosagem de creatinina no sangue e dosagem de albumina (uma espécie de proteína) na urina.
Em 2021, também tivemos a aprovação nos Estados Unidos da molécula chamada finerenona. Trata-se de um medicamento que bloqueia o hormônio aldosterona que faz com que ocorra inflamação e fibrose nos rins. Bloqueando este hormônio, o rim apresenta uma vida útil mais longa, postergando a necessidade de diálise ou de transplante de rins.
O conteúdo apresentado no resultado da pesquisa realizada (i) não representa ou se equipara a uma orientação/prescrição por um profissional da saúde e (ii) não substitui uma orientação e prescrição médica, tampouco serve como prescrição de tratamento a exemplo do que consta no site da Farmaindex:
“TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE TÊM A INTENÇÃO DE INFORMAR E EDUCAR, NÃO PRETENDENDO, DE FORMA ALGUMA, SUBSTITUIR AS ORIENTAÇÕES DE UM PROFISSIONAL MÉDICO OU SERVIR COMO RECOMENDAÇÃO PARA QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO. DECISÕES RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES DEVEM SER TOMADAS POR PROFISSIONAIS AUTORIZADOS, CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE CADA PESSOA”
• O conteúdo disponibilizado é meramente informativo, tendo sido obtido em banco de dados fornecido exclusivamente pela Farmaindex, sendo de única responsabilidade daquela empresa;
• Isenção de qualquer garantia de resultado a respeito do conteúdo pesquisado;
• Informativo de que caberá ao usuário utilizar seu próprio discernimento para a utilização responsável da informação obtida.
No Brasil, a Anvisa aprovou o uso de dapagliflozina em pessoas com doença renal crônica. Já a finerenona só é liberada para quem tem a disfunção renal e diabetes tipo 2. A empagliflozina ainda aguarda aprovação em nosso país para este objetivo renal.
E as novidades não param por aí. Em 2023, tivemos o anúncio de mais uma molécula com benefícios em pacientes com dano renal crônico. Trata-se de uma velha conhecida contra o diabetes tipo 2 e redução do peso corporal: a semaglutida subcutânea semanal na dose de 1 miligrama (mg).
O estudo FLOW foi interrompido prematuramente devido aos benefícios da molécula em mais de 3 mil pessoas com diabetes tipo 2 e doença renal crônica. O estudo ainda não foi publicado na íntegra e não temos maiores informações, mas a farmacêutica Novo Nordisk divulgou que houve redução de 24% na ocorrência tanto de doenças renais quanto cardíacas nos participantes.
Em suma, em menos de cinco anos, tivemos mais novidades no campo da doença renal crônica da década de 1980 até o ano de 2020.
Boas notícias para o Dia Mundial do Rim 2024!