Você sabia que a dengue, além de seus sintomas bem conhecidos, pode também estar relacionada à queda de cabelo em alguns pacientes?
Pessoas que foram afetadas pelo vírus da dengue podem experimentar um fenômeno chamado eflúvio telógeno agudo, caracterizado por uma perda acelerada de fios de cabelo.
Essa condição pode ocorrer após o corpo ter passado por eventos de grande estresse, como partos, cirurgias, internações e até mesmo outras doenças virais, a exemplo da covid-19.
Durante esses períodos, o organismo pode redirecionar seus recursos, colocando os folículos pilosos em uma fase de repouso, o que eventualmente leva à queda de cabelo.
Como diferenciar a queda de cabelo comum da causada por dengue?
Normalmente, o cabelo volta a crescer assim que o paciente se recupera da condição que desencadeou a queda. Isso significa que, na maioria dos casos, não é necessária nenhuma intervenção específica.
Apenas uma avaliação médica pode garantir que essa queda de cabelo não está sendo provocada por outra condição mais grave.
O eflúvio telógeno agudo pode ser confundido com a alopecia areata, uma situação que pode levar à perda permanente de cabelo.
Então, como é a queda capilar causada pela doença?
A queda de cabelo pode se iniciar entre 8 a 12 semanas após a infecção pelo vírus da dengue. Isso reforça a importância de medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Entender que a dengue pode ter repercussões além das febres altas e dores no corpo, alcançando até a saúde dos nossos cabelos, destaca o quão essencial é a prevenção.
Afinal, como prevenir dengue?
Cuidados individuais para todos:
- Usar repelente de insetos regularmente, principalmente em áreas de maior risco;
- Proteger as regiões do corpo que costumam ficar mais expostas ao mosquito, usando, então, camisas de mangas compridas e calças;
- Acompanhar o cronograma de vacinação contra a dengue do Sistema Único de Saúde (SUS), e tomar a vacina quando estiver na sua faixa etária.
Cuidados para ter em casa e evitar a proliferação do vírus:
- Manter reservatórios ou caixas d’água cobertos com tampas, telas ou capas;
- Evitar acúmulo de água em recipientes como pneus, latas ou garrafas;
- Realizar a limpeza regular da caixa d’água;
- Utilizar telas mosqueteiras em portas e janelas;
- Coloque areia no prato que fica embaixo dos vasos de planta;
- Pneus parados devem ter furos, além de ficarem guardados em locais cobertos;
- Garrafas pet, baldes e outros recipientes vazios também devem ficar em locais cobertos e com a “boca” para baixo;
- Diariamente, esfregue com água e sabão as cubas de bebedouros;
- Mantenha as áreas comuns da casa bem secas;
- Descarte o lixo adequadamente, mantendo os terrenos livres de entulho e vegetação;
- Outro ponto citado por especialistas é a verificação das calhas, retirando folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr por elas;
- Manter a lixeira fechada;
- Trocar a água do seu animal de estimação com frequência;
- As piscinas devem se tratadas com cloro e o melhor é ficarem cobertas;
- Além disso, tampar os ralos também pode ajudar;
- Por fim, limpar as “bandejas” externas da geladeira e do ar-condicionado.