Genebra (Reuters) – Uma comissão de inquérito com mandato da ONU para investigar violações da lei internacional de direitos humanos acusou Israel de obstruir seus esforços para coletar provas das vítimas do ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.
“No que diz respeito ao governo de Israel, não vimos apenas uma falta de cooperação, mas uma obstrução ativa de nossos esforços para receber provas de testemunhas e vítimas israelenses dos eventos que ocorreram no sul de Israel”, disse Chris Sidoti, um dos três membros de uma comissão de inquérito sobre abusos cometidos em Israel e nos territórios palestinos ocupados.
“Temos contato com muitos, mas gostaríamos de ter contato com mais.”
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Sidoti fez um apelo ao governo de Israel, bem como às vítimas e testemunhas do ataque, para que ajudem a comissão a conduzir sua investigação.
Em resposta aos comentários de Sidoti, a missão diplomática israelense em Genebra afirmou que estava realizando sua própria investigação sobre os crimes e que representantes das Nações Unidas e de outras instituições foram a Israel e se reuniram com sobreviventes e vítimas.
As vítimas “nunca receberiam qualquer justiça ou o tratamento digno que merecem da Comissão de Inquérito e de seus membros”, disse, descrevendo a comissão como tendo “um histórico de declarações antissemitas e anti-Israel”.
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Israel iniciou sua campanha contra o Hamas depois que o grupo militante palestino atacou Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses.
A comissão de inquérito da ONU, criada em 2021 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, tem o mandato de coletar provas e identificar autores de crimes internacionais.
As provas coletadas por esses órgãos da ONU formaram a base para processos por crimes de guerra e para o Tribunal Penal Internacional.