“Cometa do Diabo” sobrevive a encontro com o Sol neste fim de semana?

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por O Diretório
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Astrônomos vêm monitorando o cometa 12P/Pons-Brooks enquanto ele se aproxima do Sol para um encontro no domingo (21).

E a pergunta que não quer calar é: o objeto sobreviverá ao encontro ou será engolido pelo fogo da estrela, como geralmente acontece com esses corpos celestes? 

Impressionante imagem do cometa 12P capturada em 31 de março de 2024, de Tenerife, nas Ilhas Canárias, Espanha. Crédito: Fritz Helmut Hemmerich via Spaceweather.com

As chances de sobrevivência do cometa 12P/Pons-Brooks são promissoras, pois durante o periélio ele vai passar a cerca de 116,8 milhões de km do Sol, o equivalente a três quartos da distância entre a Terra e o astro.

Como sua órbita ao redor da estrela é de cerca de 71 anos, este não será o primeiro encontro dos dois. “Aparentemente, o cometa não sofreu efeitos nocivos de visitas anteriores ao Sol, e não parece haver nenhuma razão para que algo aconteça com ele durante sua aproximação atual”, disse o meteorologista e colunista de observação do céu Joe Rao ao site Space.com.

Isso quer dizer que, sim, depois do periélio, o cometa 12P continuará sua viagem pelo Sistema Solar, até voltar a aparecer nos céus da Terra em 2095. 

Nem todo cometa que passa pelo Sol tem a sorte de continuar sua jornada. Quando a proximidade atingida é menor do que a distância entre a nossa estrela e Mercúrio (58 milhões de quilômetros), esses objetos são submetidos a uma dose muito maior de calor, que pode destruí-los.

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A maioria dos cometas passa a maior parte do tempo nas regiões mais externas do Sistema Solar experimentando temperaturas que podem chegar até -400 graus Celsius. Quando se aproximam do Sol, podem aquecer muito rapidamente, sofrendo imenso estresse térmico. “Felizmente, o 12P/Pons-Brooks sempre fica longe o suficiente do Sol para evitar um cenário tão catastrófico”, disse Rao.

Nos últimos meses, a passagem do cometa 12P ofereceu uma rara chance para astrônomos profissionais e amadores vislumbrarem o objeto conhecido por suas espetaculares explosões de gás e poeira.

O problema é que a visão desse corpo celeste poderia ser atrapalhada por certos elementos um tanto “inconvenientes”, embora muito úteis, presentes em grande quantidade na órbita da Terra: os quase seis mil satélites da megaconstelação Starlink, serviço de internet de longo alcance da SpaceX. Veja aqui uma foto que foi prejudicada nesse sentido.



Fonte: Externa

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