A colheita da safra 2023/24 de soja do Brasil atingiu 84% da área cultivada na última quinta-feira (11), um avanço de 6 pontos percentuais frente aos 78% da semana passada, mas atrás dos 86% registrados no mesmo período do ano passado, disse a AgRural nesta segunda-feira (15).
Segundo a consultoria, nesta reta final, o ritmo segue puxado pela colheita gaúcha e do Norte/Nordeste, especialmente da Bahia e do Piauí.
No Rio Grande do Sul, os produtores aceleraram os trabalhos o máximo possível durante a semana, de olho nas chuvas intensas previstas para o estado, afirmou a AgRural, acrescentando que as produtividades são “muito boas” até o momento.
Milho
“Mas as pancadas, apesar de bem-vindas, não foram tão bem distribuídas. Por isso, o alerta segue ligado, especialmente no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul”, disse a AgRural.
Paraná e Mato Grosso do Sul são importantes produtores de milho na segunda safra.
Em outros estados também relevantes para o cereal, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, as lavouras se desenvolvem “muito bem e novas chuvas previstas para a segunda quinzena de abril alimentam a expectativa de boa safra nesses estados”, disse a consultoria.
Conforme boletim da empresa privada de meteorologia Rural Clima, divulgado nesta segunda-feira, uma área de instabilidade climática já trouxe chuvas para grande parte das áreas produtoras do Sul, incluindo oeste do Paraná, além de Mato Grosso do Sul.
E uma nova frente fria trará chuvas torrenciais à grande parte do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, a partir desta segunda-feira.
A frente fria ainda provocará nesta semana chuvas na metade oeste do país. Ela avança sobre o Sudeste e organiza precipitações em Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, segundo a Rural Clima.
Entre quarta e quinta-feira, o tempo abre e uma massa de ar polar avança, marcando primeiro frio “um pouco mais intenso” nas regiões Sul e parte do Sudeste, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima.