Pequim (Reuters) – Em meio a esforços para fortalecer suas cadeias industriais e deter a queda de investimentos externos, a China se comprometeu nesta segunda-feira (25) a tratar as empresas estrangeiras da mesma forma que as empresas nacionais.
“A China garantirá totalmente o tratamento nacional para as empresas estrangeiras, de modo que mais empresas estrangeiras possam investir na China com confiança e tranquilidade”, disse o vice-ministro do Comércio, Guo Tingting, durante o Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim.
Guo não deu detalhes sobre como a China garantiria o “tratamento nacional”, ou o tratamento igualitário de empresas nacionais e estrangeiras de acordo com os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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“Coerção econômica”
Durante anos, as empresas ocidentais se queixaram de acesso desigual na China, um vasto mercado consumidor e também fornecedor global de matérias-primas e componentes. Os governos ocidentais expressaram preocupação com “coerção econômica”, e várias empresas consideraram a possibilidade de “retirar o risco” de exposição às cadeias de suprimentos e operações da China.
A introdução pela China de uma lei antiespionagem mais ampla, proibições de saída do país e batidas em consultorias e empresas esfriaram ainda mais os fluxos de fundos estrangeiros. O investimento estrangeiro direto contraiu 8% no ano passado.
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A tensão geopolítica, principalmente com os Estados Unidos, em uma série de questões, incluindo a preocupação dos EUA de que os chips e a tecnologia de inteligência artificial (IA) dos EUA possam ser usados para impulsionar as capacidades militares chinesas, também pesou sobre o sentimento dos investidores.
Em resposta, a China intensificou os esforços para atender às preocupações dos investidores estrangeiros, comprometendo-se a proteger os direitos das empresas estrangeiras e prometendo ampliar ainda mais a entrada em seus mercados.
A China continuará a abrir áreas de alto nível da indústria e das finanças e a criar mais oportunidades de mercado, além de proteger firmemente um sistema de comércio multilateral com a OMC em seu centro, disse Guo.
No domingo, o primeiro-ministro Li Qiang disse que a China continuará a se esforçar para criar um ambiente de negócios de primeira classe e para receber empresas de todo o mundo para investir no país.