China irá usar IA para tentar influenciar eleições nos EUA, Coreia do Sul e Índia, diz Microsoft | Mundo

O Diretório
por O Diretório
2 Leitura mínima

A Microsoft alertou nesta sexta-feira (5) que a China tentará influenciar as eleições nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Índia este ano com conteúdos gerados por inteligência artificial (IA), após ter testado isso na eleição presidencial de Taiwan em janeiro.

“À medida que as populações da Índia, Coreia do Sul e EUA vão às urnas, é provável que vejamos atores cibernéticos e de influência chineses, e em certa medida, atores cibernéticos norte-coreanos, trabalharem para atingir essas eleições”, diz o relatório.

A Microsoft disse que, “no mínimo”, a China criará e distribuirá por meio das redes sociais conteúdo gerado por IA que “beneficia suas posições nessas eleições de alto perfil”, acrescentando que, embora o impacto desse conteúdo em influenciar audiências permaneça baixo, isso ainda poderia mudar no futuro.

Campanha de desinformação em Taiwan

De acordo com o levantamento, a China já havia tentado uma campanha de desinformação gerada por IA na eleição presidencial de Taiwan em janeiro. A empresa disse que esta foi a primeira vez que viu uma entidade apoiada pelo governo usando conteúdo feito por IA na tentativa de influenciar uma eleição estrangeira.

A Microsoft acrescentou que grupos chineses continuam montando campanhas de influência nos EUA, com atores apoiados por Pequim usando contas nas redes sociais para levantar “questões divisivas” e tentar entender questões que dividem os eleitores americanos.

“Isso poderia ser para reunir conhecimento e precisão sobre os principais grupos demográficos de votação antes das eleições presidenciais dos EUA”, disse a Microsoft em um post em seu blog acompanhando o relatório.

O relatório foi publicado na mesma semana em que um conselho de revisão oficial nomeado pela Casa Branca disse que “uma cascata de erros” da Microsoft permitiu que operadores cibernéticos chineses apoiados pelo Estado invadissem contas de e-mail de altos funcionários dos EUA, segundo “The Guardian”.

— Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg

Fonte: Externa

Compartilhe esse artigo