Casas de luxo em condomínio viram ‘hit’ em SP | Imóveis de Valor

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por O Diretório
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Morar em mansões de luxo dentro de condomínios residenciais exclusivos tem se tornado o novo objeto de desejo do cliente de alto padrão em São Paulo. Com demanda crescente, esses empreendimentos horizontais se espalharam pelos bairros mais bem localizados da capital, atraindo compradores em busca do conforto de uma casa, mas sem abrir mão da segurança e da praticidade oferecidas pelos prédios mais modernos.

“Esses condomínios resgataram o prazer de morar na capital, com a possibilidade de viver em casas com jardins e áreas ao ar livre, que possam ser desfrutadas todos os dias”, analisa Francesco Rivetti, sócio-fundador da Three Desenvolvimento Imobiliário, uma das pioneiras desse mercado na cidade.

Fundada em 2013, a companhia conta com oito empreendimentos entregues e outros quatro que serão finalizados até o fim deste ano. O carro-chefe do portfólio é o Casa Magnólia, em Cidade Jardim: um conjunto de sete casas em estilo clássico, cercado de verde e com lazer de clube: piscina, academia completa e quadra de tênis. Preço: R$ 27 milhões. E só restam três à venda.

Jardim com piscina é atributo essencial para o sucesso de projetos da categoria, como o Kiná: o cliente quer receber amigos nos fins de semana — Foto: RFM/DIVULGAÇÃO

“É um produto que evoluiu com o tempo e hoje está consolidado. Quando começamos a empresa, os sites das imobiliárias não tinham nem filtro de busca para casas de condomínio”, lembra o executivo.

Entende-se por evolução o aspecto arquitetônico dos produtos, que têm sido projetados pelos mais importantes escritórios de arquitetura do país — o que agrega não somente valor ao imóvel, como traz soluções que tornam a experiência de morar ainda mais agradável.

O Kiná Alto de Pinheiros, da RFM Construtora, foi concebido pelo escritório Perkins & Will. São apenas oito casas de 569 a 978 metros quadrados com piscinas privativas. Ali, um dos pontos de atenção foi garantir a privacidade entre as residências.

“Para evitar aquela sensação de passar o shampoo para o vizinho, fechamos as laterais no térreo e criamos recuos nas varandas dos quartos do primeiro piso, que impedem a visualização dos ambientes internos”, explica Fernando Vidal, diretor da Perkins & Will no Brasil.

Outro ponto que evoluiu foi o aspecto da segurança: os projetos aprimoraram a infraestrutura física — com eclusas para veículos e visitantes, portas de segurança na garagem e no térreo, além de guarita blindada — e tecnológica.

Casa Magnólia, em Cidade Jardim, tem arquitetura clássica — Foto: THREE DI/DIVULGAÇÃO
Casa Magnólia, em Cidade Jardim, tem arquitetura clássica — Foto: THREE DI/DIVULGAÇÃO

“Há modernos sistemas de monitoramento por câmeras e sensores em todo o perímetro. Diante de qualquer comportamento atípico, o software alerta a central. É menos dependência de pessoas e mais da tecnologia”, descreve Vidal.

O fenômeno dos condomínios se reflete no caixa das imobiliárias. “Nos últimos dois anos, vendemos R$ 250 milhões em casas com esse perfil”, comemora Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s, que tem uma clientela formada por pessoas que buscam espaço e contato com a natureza. Segundo ele, essa turma tende a gostar mais de projetos contemporâneos, com muita madeira, pedras naturais, vidro e concreto.

Quem também tem faturado alto com esse novo “hit” do mercado é a Coelho da Fonseca, que contabilizou 30% das vendas do ano passado com essa categoria de imóveis. “Há muita demanda e pouca oferta desses produtos, quase todo o estoque já foi vendido”, diz Luiz Alfredo Coelho da Fonseca, diretor da tradicional corretora de imóveis de luxo.

O executivo avalia que há muito espaço para o segmento crescer na cidade, em razão do elevado número de casarões antigos desocupados em terrenos grandes e em zonas estritamente residenciais. “Como nessas áreas não se pode verticalizar, a tendência é que os condomínios tomem espaço, ajudando a valorizar os bairros que vinham sofrendo com insegurança”, acredita.

Projetos em estilo contemporâneo estão entre os preferidos da clientela interessada em viver nos novos condomínios de luxo da capital paulista — Foto: BNSIR/DIVULGAÇÃO
Projetos em estilo contemporâneo estão entre os preferidos da clientela interessada em viver nos novos condomínios de luxo da capital paulista — Foto: BNSIR/DIVULGAÇÃO

Além do impacto mercadológico, os “players” do setor são unânimes em destacar o reflexo positivo desses condomínios para os bairros onde estão localizados.

O aparato de segurança e a movimentação de pessoas gerada pelo condomínio têm ajudado a reduzir a criminalidade nessas regiões. “A chegada de novos moradores a esses condomínios têm ajudado a mitigar o problema”, diz Rivetti. Além disso, há a questão da arrecadação de impostos. Muitas propriedades antigas acumulavam grandes débitos de IPTU junto à prefeitura, e a venda e a conversão para o modelo multifamiliar estão contribuindo para reduzir mais esse imbróglio.

Fonte: Externa

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