Campos Neto diz não ter nenhuma ambição política e nega que vai abrir fintech em Miami | Finanças

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por O Diretório
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou não ter nenhuma ambição política para depois que concluir seu mandato na instituição, em 31 de dezembro deste ano. Ele foi questionado sobre o tema durante entrevista para a Globonews.

Campos Neto ressaltou que essa era a pergunta “mais fácil de hoje” e respondeu que “de jeito nenhum” seguiria a carreira política.

O presidente do BC também disse que não é verdade que iria abrir uma fintech em Miami e que tem “conhecimento que é uma mistura de tecnologia e finanças, mas hoje não tenho nenhum projeto, não pensei em nada. Estou focado nos próximos meses no Banco Central”, disse.

O presidente do BC também foi perguntado sobre como foi trabalhar com dois governos, o presidido por Jair Bolsonaro e o atual, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Campos Neto, muitas coisas são parecidas no dia a dia. Ele relatou que na parte técnica a conexão não era tão boa com o Ministério da Economia na época do governo Bolsonaro, mas que isso foi trabalhado e melhorou. “Eu diria que são governos que pensam diferente, mas eu tenho uma missão técnica. Tento não ficar influenciado por isso”, disse.

Campos Neto ressaltou que um aprendizado é que é necessário fazer a diferenciação entre estar próximo e ser autônomo. “As pessoas falavam, você é próximo do governo Bolsonaro, mas eu só aceitava proximidade desde que não desrespeitasse a minha autonomia”, disse.

Sobre o governo Lula, Campos Neto pontuou que no início havia um entendimento de que os juros estavam muito altos e que houve um trabalho para explicar que era importante e que a inflação iria cair “ali na frente”. “Acho que tenho boa proximidade com o ministro Haddad. Ele está fazendo um esforço muito grande, trabalho difícil”, afirmou.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fonte: Externa

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