Em meio ao recrudescimento das tensões no Oriente Médio, o Brasil segue sem embaixador em Israel. O governo solicitou em 19 de fevereiro o retorno do embaixador Frederico Meyer, após uma crise diplomática com o governo de Benjamin Netanyahu. Desde então, ele segue no país sem previsão de retorno ao posto em Tel Aviv.
Na noite de ontem, o Ministério das Relações Exteriores manifestou “grave preocupação” com a escalada das tensões no Oriente Médio e recomendou aos cidadãos que não façam viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã.
A orientação para os brasileiros que já estejam nesses países é que “sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras”.
Drones e mísseis lançados contra Israel a partir de países vizinhos colocaram o país em alerta máximo. O regime iraniano assumiu a coordenação das ações, que seriam uma retaliação à suposta participação de Israel no bombardeio da Embaixada do Irã na Síria.
Tel Aviv usou seu sistema antimísseis conhecido como “Domo de Ferro” para interceptar a maioria dos drones. Ainda assim, há notícias de pessoas que ficaram feridas após serem atingidas por fragmentos dessas armas.
O regime iraniano informou que a resposta ao bombardeio da embaixada estaria encerrado e alertou Israel e Estados Unidos que eventuais retaliações serão respondidas de forma ainda mais veemente. Os israelenses definiram, no entanto, que haverá reação.
“Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, completou o Itamaraty.