Antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a Selic de 11,25% para 10,75% ao ano e sinalizar mais uma redução na próxima reunião, 14% dos respondentes do Questionário Pré-Copom (QPC) acreditavam que haveria um corte de 0,25 ponto percentual (p.p) na reunião de junho, 85% que a redução seria de 0,50 p.p e 2% acreditavam em um corte de 0,75 p.p.
O resultado do questionário ainda aponta que a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de 2024 é de 3,70% e para 2025 de 3,5%. A meta para ambos os anos é de 3%. Em relação ao cenário central dos respondentes para o IPCA de 2024, 33% veem riscos de baixa, 55% riscos equilibrados e 12% riscos de alta. Para 2025, 6% veem riscos de baixa, 65% equilibrados e 30% riscos de alta.
A expectativa dos respondentes, na mediana, foi de Selic no patamar de 9% ao ano em 2024 e 8,5% em 2025.
As expectativas para a inflação de curto prazo foram, sempre na mediana, de 0,23% em março, 0,30% em abril, 0,22% em maio e 0,19% em junho. Para os serviços subjacentes, a mediana das projeções foi de 0,4% em março, 0,34% em abril, 0,30% em maio e 0,36% em maio. Já a mediana da média dos núcleos ficou em 0,25% em março, 0,28% em abril, 0,28% em maio e 0,27% em junho.
Para o PIB de 2024, a mediana das projeções foi de 1,8%. No início deste ano estava em 1,6%. Entre os respondentes da pesquisa, 7% viam riscos de baixa para o cenário central do PIB, 57% riscos equilibrados e 36% riscos de alta. Já no relatório Focus publicado nesta semana, a expectativa estava em 1,85%.
Em relação ao cenário externo, os respondentes projetam, na mediana, 4,7% de crescimento da China, 2% dos Estados Unidos e 0,5% na área do Euro em 2024. Para o ano que vem, a projeção é de 4,4% da China, 1,7% dos Estados Unidos e 1,2% na área do euro.
Para a inflação, as projeções para a China são de 1% em 2024 e 1,6% em 2025. Para os Estados Unidos, 2,7% e 2,3%, respectivamente. Já na área do euro, 2,3% e 2%. A mediana das expectativas para taxa de juros no final de 2024 nos Estados Unidos é de 4,5% e para 2025, 3,5%, considerando o piso do intervalo dos Fed funds.
Os resultados da pesquisa mostram que 37% dos respondentes acreditam que o ambiente externo ficou menos favorável desde o último Copom, em janeiro, 56% não viram mudanças e 7% acreditam que o cenário ficou mais favorável.
A mediana das projeções para o resultado primário em 2024 é de um déficit de R$ 82 bilhões e para 2025, déficit de R$ 80 bilhões. A projeção para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), na mediana, é de 77,2% do PIB e em 2025, 79,9%.
Para 39% dos respondentes, a situação fiscal melhorou entre o Copom de janeiro e o de março. Outros 48% disseram que não teve mudanças relevantes e 13% viram piora.