Anielle Franco se filiará ao PT em evento com Lula | Política

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se filiará ao PT na próxima terça-feira (2) em um evento no Circo Voador, tradicional casa de shows na Lapa, zona central do Rio de Janeiro. A filiação deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.

Anielle é uma aposta do PT no Rio e chegou a ser cotada, por alas do partido, como um dos possíveis nomes a serem indicados para a vice do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), em sua campanha à reeleição. Apontado como o favorito na disputa, o chefe do Executivo carioca, no entanto, tem resistido em aceitar indicações para compor chapa.

Paes tem planos para as eleições de 2026 e prefere ter como vice alguém de seu próprio grupo político. Assim, caso venha a disputar o governo do Estado, manterá a prefeitura dentro de seu domínio ao se desincompatibilizar para concorrer ao Palácio Guanabara.

A vaga de vice na chapa de Paes é disputada por outros partidos, como o União Brasil. Para compor com o prefeito, a sigla já até colocou sob a mesa de negociação a possibilidade de um aliado se filiar à legenda. Os nomes mais citados são do deputado federal Pedro Paulo, braço-direito de Paes, e do presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado — ambos estão hoje no PSD.

Influência do caso Marielle

A filiação de Anielle acontece dias depois de a Polícia Federal prender os supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, irmã da ministra. No domingo (24), foram presos preventivamente os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal (sem partido-RJ), além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.

O crime aconteceu há seis anos. No dia 14 de março de 2018, Marielle foi morta a tiros enquanto passava pelo bairro do Estácio, no centro do Rio. O motorista Anderson Gomes também morreu.

A prisão de Chiquinho Brazão pode ser um entrave nas negociações para que Anielle seja vice de Paes. O motivo para isso é que o deputado federal era, até mês passado, secretário de Ação Comunitária na Prefeitura do Rio. Ele foi exonerado após as notícias de que seu irmão Domingos era apontado como mandante da morte de Marielle.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial — Foto: Rithyele Dantas/MIR

Fonte: Externa

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