Análise: Estreia de “É Tudo Nosso” traz fôlego renovado e rejuvenesce a antiga cara do SBT

O Diretório
por O Diretório
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É Tudo Nosso (Lourival Ribeiro/SBT)

Ninguém pode negar que o SBT é a emissora que mais apostou em novidades neste ano. Já estreou o “Chega mais”, renovou o “SBT Brasil”, agora sob o comando de Cesar Filho e ainda promete com outras novidades como o “Tá na Hora”.

Benjamim Back deu conta do recado. Parecia um pouco desnorteado no começo, o que é normal num programa com tantos convidados e uma arena repleta de espectadores alvoraçados, mas rapidamente ele foi entrando na onda da galera jovem do auditório que, diga-se de passagem, que galera hein?! A plateia foi um show a parte, cheia de vigor e sem medo de ser feliz, interagindo do começo ao fim tanto com elenco, como com os convidados. Fez inveja para muitos programas de auditório, que parece mais obrigar sua plateia de espectadores desanimados a marcar presença e por sua vez vivem bocejando durante os programas. A animação e interatividade da galera presente se mostrou um trunfo bem articulado da direção e criação do programa.

É Tudo Nosso (Lourival Ribeiro/SBT)
É Tudo Nosso (Lourival Ribeiro/SBT)

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No elenco, Mano e Victor Sarro mandaram muito bem nas boas tiradas e ajudaram Benja a conduzir e costurar os diversos quadros, dando dinamismo. Já Helen Ganzarolli mais uma vez deu ar da graça e emprestou sua simpatia a um novo projeto do SBT, mas não deveria estar ali como coadjuvante. A intenção é boa, mas não vale como prêmio de consolação. Não agregou tanto e poderia ser melhor aproveitada de outro modo pela emissora.

Os quadros não chegaram a ser mirabolantes, mas foram bem sacados e mantiveram a boa receita de um formato divertido e despojado, sem medo de cair no ridículo, embora em alguns momentos algo ou alguém ali chegou a fazer esse papel, o que não é mau nos dias de hoje; Em tempos que milhões e milhões ficam horas debruçados em seus celulares vendo dancinhas e papagaiadas nas redes, não há mais tanta régua para medir o que é ridículo ou o que é despojado na mídia. Para tirar o público, ainda mais o jovem, da frente da segunda tela, de tudo vale. Mais um ponto para o novo programa.

É Tudo Nosso (Lourival Ribeiro/SBT)
É Tudo Nosso (Lourival Ribeiro/SBT)

O “É Tudo Nosso” é uma boa aposta. Deve-se pagar para ver se tem folego para ir longe. Mas para criar uma boa novidade não tem outra escolha a não ser tentar, e é o que o SBT está fazendo, e neste caso de uma boa maneira, mesmo sem sua cúpula parecer ter percebido isso. Se livrar do estigma de que tudo que seja criado pelo canal tenha a cara do SBT de todo sempre, talvez seja a melhor saída para acertar. A exemplo do “É Tudo Nosso”, a emissora precisa de novas atrações e elenco assim, que possam dar outras facetas à sua programação e ampliar seu público para voltar a alcançar melhores índices e renovar a sua cara e a cara de exausta da TV Brasileira atual.

**As críticas e análises aqui expostas correspondem a opinião de seus autores

Fonte: Externa

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