O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que, se for selado o acordo entre o Mercosul e a Associação de Livre Comércio da Europa (Efta), isso deve ajudar a concretizar o acordo entre o Mercosul e União Europeia (UE).
“O Mercosul cresceu, entrou Bolívia, foi feito um acordo Mercosul e Cingapura e ontem tive encontro com o Efta, a pedido do presidente Lula, para a conversar sobre o acordo de livre comércio”, disse Alckmin. “Se sair o acordo Mercosul-Efta, deve ajudar a empurrar o acordo Mercosul-União Europeia”, acrescentou.
O Efta é uma área de livre comércio formada por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, países que não fazem parte da União Europeia. Com um PIB de cerca de US$ 1 trilhão e uma população de 13,5 milhões de pessoas, os quatro países do bloco estão entre os maiores PIBs per capita do mundo e, portanto, são um mercado consumidor de grande relevância global.
As negociações entre os dois blocos foram iniciadas em 2017, e uma nova rodada foi marcada para os próximos 15 a 18 de abril, em Buenos Aires. Atualmente, o Efta possui 29 acordos comerciais já firmados.
O vice-presidente disse ainda que é preciso fortalecer o comércio exterior “para vender mais e vender bem”. Segundo ele, sem esse fortalecimento, os países vizinhos que se anteciparem devem fechar os melhores negócios.
Alckmin destacou a melhora de indicadores macroeconômicos, como a queda do risco-Brasil, do desemprego e o crescimento nas exportações brasileiras no último ano. “Tivemos um superávit comercial de US$ 98,8 bilhões e maiores reservas”, declarou.
O vice-presidente ressaltou que o “agronegócio brasileiro vai super bem” e que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos em exportação de algodão e milho. “Brasil deve ser a melhor agricultura do mundo até 2035, gerando emprego em serviços e agroindústria”, projetou.
Alckmin ainda declarou que, para fomentar a economia, há um tripé importante: câmbio, juros e impostos.
“O câmbio está competitivo, o que ajuda exportação e turismo. Os juros ainda estão altos, mas estão em queda, a cada reunião do Copom cai 0,5 ponto, mas deveriam cair mais de pressa. O imposto, infelizmente, segue alto, é preciso desonerar”, afirmou.