A história do Campeonato Brasileiro: formatos e campeões

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por O Diretório
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O Campeonato Brasileiro começou a ser disputado, oficialmente, no ano de 1971, mas com o passar do tempo outros torneios foram considerados como Campeonato Nacional. Em 2010, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reconheceu as disputas a partir de 1959 (Taça Brasil e Taça de Prata) como campeonatos nacionais. Em 2023, a CBF reconheceu o Torneio dos Campeões de 1937 como título nacional.

No total, 17 clubes diferentes do futebol nacional já levantaram a taça de campeão. A lista de títulos conta com Palmeiras (12 títulos), Santos (8), Corinthians (7), Flamengo (8), São Paulo (6), Cruzeiro (4), Vasco da Gama (4), Fluminense (4), Internacional (3), Atlético-MG (3), Grêmio (2), Botafogo (2), Bahia (2), Guarani (1), Athletico-PR (1), Coritiba (1) e Sport (1).

Atualmente o torneio é disputado no formato de pontos corridos com 20 clubes. As equipes se enfrentam em turno e returno. A melhor campanha termina com o título e os quatro piores são rebaixados para a Série B.

Em 2023, a CBF reconheceu o Torneio dos Campeões, de 1937, organizado pela Federação Brasileira de Football (FBF), como o primeiro campeonato nacional profissional. Sendo assim, o Atlético-MG, campeão nesse ano, foi reconhecido como o primeiro campeão brasileiro.

Depois disso, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual CBF, então responsável pela regulação e regulamentação de todos os esportes, criou a Taça Brasil em 1959. O torneio contou com 16 representantes, todos campeões estaduais do ano anterior.

Santos e Bahia fizeram a final do torneio, disputado no sistema de mata-mata. O Tricolor de Aço foi o grande campeão. O título deu ao campeão o direito de representar o Brasil na Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América).

A Taça Brasil seguiu a disputa e, em 1967, o Torneio Rio-São Paulo foi ampliado para times de todo o Brasil e foi batizado como Torneio Roberto Gomes Pedrosa. A competição era disputada de forma paralela a Taça Brasil.

O “Robertão” passou a ser chamado de “Taça de Prata” em 1968. Com uma cobertura intensa da mídia e maior potencial de lucros, o torneio passou a ter maior apelo entre os clubes. Em 1971, a CDB transformou o torneio no Campeonato Nacional de Clubes.

A CBF anunciou, em 1987, não ter condições de manter um campeonato nacional. A ideia, em função da grave crise econômica, era voltar com os jogos regionalizados. Treze clubes rejeitaram a ideia a criaram um campeonato próprio: a Copa União.

Em decisão conjunta com a CBF, o Clube dos 13 organizou o Módulo Verde da Copa Brasil. A CBF ficou responsável pelo Módulo Amarelo. A proposta era um quadrangular entre campeões e vices de cada módulo para definir o campeão.

Flamengo e Internacional, campeão e vice do Módulo Verde, se recusaram a enfrentar Sport e o Guarani, que foram considerados campeões do Módulo Amarelo depois da partida final empatar em 11 a 11 nos pênaltis e ser encerrada. Sem os clubes do Módulo Verde, Sport e Guarani voltaram a campo em fevereiro de 1988, em uma nova final, que terminou com o Sport campeão.

A disputa pelo campeonato de 1987, no entanto, foi parar na justiça. Em 1994, a justiça ratificou o título do Sport, mas em 2011 a CBF reconheceu, através de resolução da presidência, os dois clubes, tanto Flamengo, quanto Sport como campeões.

Apesar desse entendimento da CBF, a briga judicial continuou. Em 2017, o STF negou resurso apresentado pelo Flamengo e declarou o Sport como único campeão de 1987.

A CBF, na intenção de diminuir o número de clubes participando do torneio nacional, criou o Campeonato Brasileiro. Para evitar o desaparecimento de clubes menos expressivos, foi criada a Copa do Brasil.

O Campeonato Brasileiro adotou, em 1999, um novo formato de rebaixamento. Os quatro clubes que tivessem menor média de pontos nos campeonatos de 1998 e 1999 cairiam para a Série B. No entanto, a ideia durou apenas um ano.

Na primeira fase, um jogador do São Paulo estava registrado de forma irregular. A punição foi anular os jogos que o atacante Sandro Hiroshi participou. Internacional e Botafogo ganharam os pontos, e o Gama foi rebaixado. A situação abriu processo judicial e a CBF foi impedida de organizar o torneio.

Entrou em cena novamente o Clube dos 13 que, em 2000, organizou o Campeonato Nacional. A Copa João Havelange foi composta por 116 times divididos em quatro módulos (azul, amarelo, verde e branco). Fluminense e Bahia foram convidados. O Vasco, do Módulo Azul, venceu o São Caetano, do Módulo Amarelo, na grande final.

O formato de pontos corridos foi adotado em 2003 e deu fim ao mata-mata. A ideia era padronizar o sistema de disputas e foi espelhado nos moldes dos principais torneios ao redor do mundo. O Cruzeiro foi o primeiro campeão nesse formato.

O ano de 2005 ficou marcado pela polêmica da Máfia do Apito. O árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi preso após acusação de manipular os resultados e garantir lucro para pessoas envolvidas em sites de jogos. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anulou e remarcou os 11 jogos apitados pelo juiz.

Desde 2006, a competição é disputada com 20 clubes. Os quatro melhores classificam para a Copa Libertadores. Os quatro piores caem para a Série B.

Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

Fonte: Externa

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