O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta sexta-feira (5) que tem defendido a antecipação de investimentos para a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
“É necessário ter antecipação de investimentos. A gente precisa ter, dentro desse contrato, a garantia da melhora do serviço. Hoje, o serviço da Sabesp não é satisfatório para cidade de São Paulo”, afirmou Nunes durante um evento na zona Oeste da capital paulista.
O prefeito disse ainda que não não se trata de ser um defensor da privatização, mas sim de um modelo que seja “bom para a cidade”.
“O que eu sempre defendi é de que qualquer um dos modelos, aquele que for bom para cidade, eu vou defender. Se a gente tiver um modelos de privatização que seja bom para a cidade, a gente vai poder trabalhar para que a Câmara Municipal aprove esse projeto, tanto é que já enviei para lá.”
O novo contrato da Sabesp — que foi levado à consulta pública entre 15 de fevereiro e 15 de março — estima, ao todo, um valor de investimento de R$ 260 bilhões, até 2060, com R$ 68 bilhões destinados à universalização do saneamento básico no estado até 2029. O cronograma de investimentos está sujeito à revisão a cada cinco anos.
No início da semana, o principal adversário de Nunes na disputa pela prefeitura, Guilherme Boulos (PSOL), disse que quer convocar um plebiscito para que a população decida a respeito do processo de privatização da companhia.
O projeto de lei que autoriza a privatização é de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e foi sancionado em dezembro do ano passado.
A expectativa dos gestores da estatal é de que o processo para obter autorização de credores para a troca de controle da empresa seja concluído em abril. Seguindo esse calendário, em maio deve ser convocada outra assembleia para aprovar o novo estatuto da companhia, antes do lançamento da oferta subsequente de ações.