Bilionário Sam Zell deixou plano de sucessão da empresa antes de morrer

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Ele popularizou em 1993 os fundos de investimento imobiliário

O bilionário Sam Zell assegurou que o legado de sua empresa seria preservado antes de seu falecimento. O atual presidente da Equity Group Investments (EGI), Mark Sotir, revelou que o fundador havia elaborado um plano de sucessão para a companhia. Zell, que faleceu em maio de 2023, ficou conhecido como uma lenda do mercado imobiliário após a venda do portfólio de edifícios de escritórios para a Blackstone por US$ 39 bilhões, uma das maiores transações da história.

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Segundo o presidente, Zell adotou no plano de sucessão uma abordagem semelhante à do megainvestidor Warren Buffett, com foco em investimentos de longo prazo. A EGI tem a preferência de manter a administração das empresas que adquire intacta, mantendo as companhias por longos períodos, às vezes décadas. “Eu detesto alavancagem, assim como Zell”, afirma Sotir.

Além disso, a empresa nunca recorreu à formação de fundos de investimento. O capital investido provém da fortuna de seu fundador, estimada em US$ 5,2 bilhões pela Forbes na época de sua morte. Embora Sotir não tenha divulgado detalhes específicos, ele mencionou que a EGI normalmente emite cheques que variam de US$ 50 milhões a US$ 150 milhões, às vezes até US$ 500 milhões. Esse capital é utilizado para adquirir empresas que atendam aos critérios de investimento.

Com um portfólio composto por 19 companhias, a Equity Group Investments, uma empresa de private equity fundada em 1968, abrange uma variedade de setores. Além do segmento imobiliário, o portfólio inclui uma cadeia de hospitais, um grupo de revendedores John Deere, empresas de transporte e logística, bem como uma empresa de fraturamento hidráulico. Desde que Sotir e Zell começaram a trabalhar juntos em 2006, decidiram diversificar seus investimentos e explorar novos segmentos além do imobiliário.

“Sinto-me satisfeito por não precisar constantemente correr atrás de dinheiro”, compartilha Sotir, 60 anos. “Estou tentando alcançar o melhor dos dois mundos.”

No entanto, o plano também inclui a possibilidade de a EGI desafiar sua própria história ao buscar investidores com mentalidade semelhante, como escritórios de família e fundos soberanos. “Sam estava me incentivando a explorar a captação de capital”, revela Sotir.

Negociante lendário

A morte de Zell aos 81 anos privou o mundo de um grande negociador e Sotir de um mentor. Zell era conhecido como “o dançarino do túmulo” por sua habilidade em lucrar com ativos em dificuldades. Ele popularizou em 1993 os fundos de investimento imobiliário. Seu status lendário foi consolidado em 2007, quando ele vendeu uma carteira de edifícios de escritórios para a Blackstone por US$ 39 bilhões, marcando um dos maiores negócios imobiliários já realizados.

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Enquanto a força de Zell estava em fazer negócios, a experiência de Sotir está em operações. Nascido em Boston, ele trabalhou para a Coca-Cola e dirigiu uma empresa de software e uma locadora de carros. Depois, Zell o trouxe. Sotir diz que já se imaginava sendo CEO de uma das empresas do portfólio da EGI. Isso foi há 18 anos. Ele achou o trabalho muito fascinante para deixar.

Critérios de investimentos

Em 2019, a Equity Group Investments (EGI) adquiriu uma participação de 65% na Lanter Delivery Systems, uma empresa de entregas de peças de carros durante a madrugada. Desde então, o CEO Steve Lanter, de 65 anos, fundador da empresa em 1981, viu o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) quadruplicar. Agora, a empresa americana está pronta para expandir para o Canadá.

“Estávamos em uma trajetória de crescimento bastante decente de 2015 a 2018”, diz Lanter. Ele conta que se reuniu com várias empresas de private equity antes de fechar o negócio com a EGI.

O que tornou a empresa de Lanter um alvo atraente para a EGI foi seu modelo de negócios. O que ela fazia era “básico para a economia”, diz Sotir, e “não seria interrompido amanhã de manhã. Eu literalmente faço o pedido às 17h e ele chega às 6h da manhã.”

Outro critério importante para a EGI era “literalmente” Steve Lanter.

“Steve é uma pessoa boa. Ele está bem alinhado com quem trabalhamos e o que fazemos. Ele tem relacionamentos com os clientes. Isso é um ponto crucial sobre por que é tão importante trabalhar com os proprietários. Se Steve tivesse vindo até nós e dito: ‘Estamos vendendo a empresa, leiloe-a para o maior lance e estou saindo’, não teríamos fechado esse acordo.”

O sentimento era mútuo. Em suas primeiras reuniões, Lanter ficou impressionado pelo fato de Sotir respeitar a cultura da empresa e valorizar o trabalho que Lanter havia realizado ao longo dos anos. Sotir não iria entrar e manchar isso.



Fonte: Externa

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